Sábado passado (dia 6), Beyoncé quebrou a internet lançando de surpresa o single e respectivo clipe "Formation". O acontecimento já seria musicalmente digno de atenção, mesmo se ela cantasse "Nhem Nhem Nhem", mas a cantora foi muito além. A produção é uma verdadeira exaltação da sua negritude, com múltiplas referências à cultura afro-americana, críticas implícitas e explícitas e protesto às recentes mortes de diversos jovens negros pela polícia do país.
Até aí tudo beleza, afinal embora gigante, um lançamento de Beyoncé atinge um determinado nicho da sociedade. Só que no dia seguinte, 7, Queen B foi uma das atrações do Super Bowl, cantou a música e ainda trouxe dançarinas vestidas como integrantes do partido Panteras Negras e formaram um "X" no palco, simbolizando Malcom X, ambos os casos, em referência à políticas ditas mais radicais na busca dos direitos da população negra nos anos 60.
E como Super Bowl é um dos programas de maior audiência mundial, cutucou a ferida da elite branca estadunidense, que criticou, através de meios de comunicações dos quais lidera e reverberou no público conservador que se sente por ela representado, a performance. Rudy Giuliani, ex-prefeito de Nova York e comentarista político da Fox News, disse que o evento esportivo não deveria ser usado como plataforma para atacar policiais, que "são as pessoas nos protegem".
Mas ontem (dia 13), a galera do Saturday Night Live deu a melhor resposta possível às "polêmicas": uma esquete de humor zoando toda essa reclamação sem sentido de quem se sentiu atacado pela música, clipe e/ou apresentação.
A paródia simula o trailer de um filme de apocalipse/terror, no qual os norte-americanos brancos descobrem que a Beyoncé é, e sempre foi, negra. Dá uma olhada:
"O Dia que Beyoncé virou Negra" - assista, legendada, à paródia do programa SNL sobre a reação de algumas pessoas após o lançamento de #Formation. #BEYHIVE
Publicado por BEYHIVE.com.br em Domingo, 14 de fevereiro de 2016
quedelicianegente.com
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