Retrospectiva 2015 Pt. 4/7: os melhores filmes e as melhores séries do ano



Após os melhores clipes, os melhores álbuns, melhores capas de álbuns, os maiores hits, melhores singles e revelações musicais em nossa Retrospectiva 2015, sairemos do campo musical.

Neste post falaremos dos melhores filmes, que foram escolhidos visando um equilíbrio entre os longas mais e menos comerciais, visto que somos um site pop e blockbuster não é sinônimo de algo necessariamente ruim. Também abordaremos as melhores séries, dando ênfase nas que estrearam neste ano, mas também com aparições de outras que já têm duas ou mais temporadas.

Uma novidade é que, diferente dos anos anteriores, nos quais listávamos apenas cinco itens principais, desta vez fizemos cada categoria com dez.



Amizade Desfeita (Leo Gabriadze):

Slut-shaming é a palavra de ordem na produção de Leo Gabriadze. A história das consequências e causa da morte de Laura Barnes (Heather Sossaman) discute fortemente com o momento histórico em que vivemos. Um mundo em que a internet mostra sua força construtiva e destrutiva em todos os aspectos da nossa vida. Com uma estética muito bem explorada, o roteiro leva a audiência para lugares até esperados, mas que mesmo assim conseguem surpreender.



Cinderela (Kenneth Branagh):

Em meio a tantas readaptações dos contos de fadas, a produção de Kenneth Branagh mostra a força que uma homenagem tem. O filme muda poucas coisas que a própria Disney contou anos atrás, mas nem por isso perde a magia e encantamento. Cinderela e o Príncipe falam sobre bondade e demonstram que o sentimento deve estar sempre presente. Simples e cativante, deixa a audiência leve e mais apaixonada por essas histórias de amor recontadas por tempos.



Freeheld (Peter Sollett):

"Baseado em uma história real" pode dizer bastante sobre o tom de um filme. O longa dirigido por Peter Sollett inverte um pouco o que podemos esperar. Ao contar a luta de um casal de lésbicas (Julianne Moore e Ellen Page) para que uma pudesse usufruir dos direitos de pensão da outra (que está com câncer terminal), o diretor decide falar sobre como os atos militantes de uma pessoa ajudam na mudança social que todos esperamos ver.



Carol (Todd Haynes):

Histórias de amor são alguns dos enredos mais contados pelo cinema. O tema já foi retratado de tantas maneiras que quando um filme assim nos faz suspirar do fundo da alma algo de especial ele tem. O longa dirigido por Todd Haynes traz duas mulheres de personalidade para as telas e nos coloca para viver no meio da preconceituosa Nova York da década de 50. O filme ainda traz visibilidade para a comunidade que tantas vezes é lembrada apenas para fetichização.



Que Horas Ela Volta? (Anna Muylaert):

Uma crítica social exposta de uma maneira crua e dura, sem rodeios, bem como é a vida de tantas mulheres que trabalham como empregadas domésticas. O filme reafirma a capacidade do Brasil de criar roteiros incríveis que usam como matéria prima o que temos de mais abundante: a realidade. O filme tem a capacidade de fazer os espectadores pensarem, ao menos durante sua minutagem, questões que podem parecer distantes, mas que batem à porta em toda oportunidade.



Ex-Machina: Instinto Artificial (Alex Garland):

O cinema já retratou muitas vezes nossa curiosidade sobre os limites da inteligência artificial. O longa de Alex Garland toca no assunto diretamente e deixa as sutilezas das escolhas da protagonista (Alicia Vikander) serem preenchidas por nós. Os personagens são um triângulo e o roteiro coloca a audiência bem no meio. É nos exigido que olhemos para cada atitude exposta enquanto ficamos de costas para outras e ansiamos por tentar descobrir o que acontecerá.



Tangerina (Sean Baker):

Em meio a acertos e erros de uma Hollywood que dá mas retira de pessoas trans, o filme de Sean Baker leva um grande elenco formado por pessoas trans para contar uma história que muitas vezes é comum à elas. O enredo que acompanha um pouco a vida de duas amigas prostitutas, foi gravado inteiramente com um iPhone 5S e mostra, buscando sua base no realismo e naturalismo estético, os percalços que grande parte da comunidade enfrenta.



Kingsman: Serviço Secreto (Matthew Vaughn):

Em uma produção acertada, Matthew Vaughn consegue juntar referências de todos os lados para tentar criar um espião para a geração Y e Z. Acostumados com tantos filmes do gênero, que às vezes parecem apenas repetir fórmulas de forma incansável, o público recebe das mãos do diretor uma história de humor, violência e questionamentos sempre atuais. O protagonista Eggsy (Taron Egerton) agora só precisa saber escolher suas batalhas para continuar relevante.



Divertida Mente (Pete Docter e Ronnie Del Carmen):

A Pixar já humanizou carros, brinquedos, robôs, formigas e muito mais. Quando soubemos que a empresa iria nos mostrar como nossos sentimentos funcionam, nos preparamos para mais um choque. Não estávamos preparados o bastante. O longa funciona perfeitamente para qualquer faixa etária colocando piadas e tratando de assuntos de uma forma bastante universal. Além disso, fazia tempos que não ouvíamos algum meio falar sobre depressão de uma maneira tão singela.



Mad Max: Estrada da Fúria (George Miller):

Um filme de ação que dá o mesmo peso para a fotografia, cenografia, figurinos, efeitos e roteiro pode não ser uma raridade extrema. O feito do longa de George Miller, no entanto, foi entender o contexto necessário que uma produção com o peso do nome de Mad Max teria de levar o protagonismo feminino para as telas. Imperatriz Furiosa (Charlize Theron) é a figura central de um mundo distópico que conversa tão bem com a invisibilidade feminina do século atual.



11. Brooklyn
12. Homem-Formiga
13. Corrente do Mal
14. Star Wars: O Despertar da Força
15. Perdido em Marte
16. Ponte dos Espiões
17. Vício Inerente
18. Jogos Vorazes: A Esperança - O Final
19. Jurassic World - O Mundo dos Dinossauros
20. A Espiã Que Sabia de Menos



Marvel's Agent Carter:

Depois do descontentamento que foi acompanhar o desenvolvimento de Agents of S.H.I.E.L.D., nada poderia nos motivar. Foi necessário viajar até o pós-desaparecimento de Capitão América para que Peggy Carter (Hayley Atwell), tão aquém no primeiro filme, mostrasse que era a melhor agente que a futura agência teria. Em oito episódios, o seriado conseguiu marcar a presença feminina nas histórias da Marvel sem perder o tato com a crítica de um mundo machista.



Penny Dreadful:

A segunda temporada da série de horror trouxe histórias individuais que a fizeram atingir um outro patamar. A história principal, cheia de arte das trevas, colocou a protagonista (Eva Green) em um lugar que queríamos vê-la há muito tempo, com muito mais atitude perante às situações. Os personagens coadjuvantes também ajudaram o seriado a angariar um público que por vezes não se mostrava interessado.




Cucumber / Banana / Tofu:

A tríade de séries criada por Russell T. Davies fez uma ótima curva ao retratar a vida de personagens da comunidade LGBT. Partindo do um seriado principal com seus protagonistas gays de idade avançada - Cucumber -, Davies narrou antologias com variação de sexo, gênero e classe em Banana, até desembocar em pequenos documentários de Tofu. O pulso firme nas escolhas do roteiro fizeram das três séries um entretenimento que deixou sua marca com rapidez.



Narcos:

Uma série basicamente inteira em espanhol, que conta a história de uma dos maiores traficantes que a América Latina já teve e que atinge o mundo inteiro de uma só vez. Pela forma como a plataforma do Netflix funciona, os fatos da vida de Pablo Escobar (Wagner Moura) são tratados de uma maneira digna de filmes de ação com um drama sem precedentes.





How To Get Away With Murder:

A saga de Annalise Keating (Viola Davis) e seus alunos de direito penal conquistou milhares de fãs de uma só vez. Tudo isso graças à escrita certeira e sempre surpreendente de Shonda Rhymes. A série traz situações que por ora parecem tecnicamente impossíveis de serem resolvidas, por outra jogam com o senso de moral e ética dos personagens e da audiência. Tudo amarrado com uma linha narrativa maior que é coroada com a atuação sempre infalível de Davis.



Unbreakable Kimmy Schmidt:

Ter Tina Fey novamente encabeçando uma série já deixou nossos corações felizes. A felicidade aumentou quando entendemos que a história de Kimmy Schmidt é uma grande crítica ao estilo de vida dos estadunidenses. O seriado apresenta uma grande quantidade de personagens carismáticos e não tem medo de ridicularizar o pensamento da massa norte-americana, mas de forma inteligente, por vezes de uma forma simples e sem perder o pé no nonsense.



Mr. Robot:

Falar de tecnologia no século XXI para uma geração que nasceu com a internet pode soar tosco. A série traz um protagonista com problemas de socialização que enxerga a sociedade de uma maneira crítica e negativa, o que leva a audiência a questionar suas escolhas e desejos pessoais. Com a demonstração de que a internet está presente a todo momento da nossa vida, o seriado cria uma espécie de anti-herói para as pessoas que não veem saída no mundo.



Sense8:

Depois de alguns roteiros não muito bem aceitos no cinema, os Irmãos Wachowski decidiram que a diversidade global era o melhor caminho a ser seguido. A história dos oito indivíduos que compartilham sentimentos, habilidades e pensamentos, reforça o pensamento de conexão que todos os seres vivos possuem. O enredo mostrou pontos a serem melhorados na abordagem de diversas etnias pelo entretenimento, mas foi um marco na indústria em questão.



Demolidor:

Depois de vir do cinema com a moral bem embaixo, a série do Demolidor tinha muito o que provar. E conseguiu. Assim como a trilogia de O Cavaleiro das Trevas inseriu uma nova concepção de abordagem de super-heróis nas telonas, a série estrelada por Charlie Cox fez o mesmo pelas telinhas. Com a possibilidade que a plataforma permitiu de investir em uma atmosfera soturna e violenta, mas extremamente humanizada, a série foi sem dúvidas um acerto.



Jessica Jones:

Protagonistas femininas não são a maioria e a igualdade no número de papéis não está perto de acontecer. Jessica Jones mostra de todas as maneiras possíveis que esse espaço negado à elas deixa o entretenimento um lugar menos legal. Jessica vem para deixar claro que heroínas podem fugir do machismo que desemboca até mesmo em seu figurino e, ao mesmo tempo, falar sobre abuso que as mulheres sofrem de forma alegórica e tão relacionável.



11. Mad Men
12. Game of Thrones
13. Empire
14. Grace and Frankie
15. Orphan Black
16. Orange Is The New Black
17. Jane The Virgin
18. Master of None
19. Fargo
20. Younger
quedelicianegente.com

2 comentários :

  1. Pecebi que deixei de assistir vários filmes! Vou pesquisá-los, alguns parecem ser bem interessantes! Eu amei Kimmy Schmidt, é uma das séries mais divertidas que eu já assisti!

    http://www.prefirobsides.com.br/

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  2. Vocês viram Freeheld em algum festival ou ele já tá disponível na internet? Procurei no Kick-Ass e nem achei. :\

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