Conheça MUNA, o trio engajado com a causa LGBTQ e veja o clipe “I Know a Place”



Como é bom apresentar uma novidade musical que, além de ser sonoramente promissora, tem comprometimento político. E esse é o caso de MUNA, um trio de Los Angeles formado por Katie Gavin, Josette Maskin e Naomi McPherson. Em seu site oficial, elas se definem como uma girl band de dark pop que mistura a inquietante sensualidade do r&b, ritmos do funk e a audácia do synthpop com um lirismo desenfreado e cru.

As três são assumidamente queer, termo guarda-chuva para minorias sexuais e de gênero que não são heterossexuais ou cisgêneros, e fazem questão de cantar sobre isso. Desde o ano passado, o MUNA ganhou destaque na cena alternativa e lançou clipes para as faixas "Winterbreak" e "Loudspeaker". E, neste sexta-feira, 03, lançaram seu álbum de estreia, chamado About U e, junto com ele, o vídeo de "I Know A Place".

Conforme contou em entrevista à revista Time, a canção foi escrita por Gavin na época do colegial ao saber que uma amiga próxima estava com câncer. Foi tocada no mês do Orgulho LGBTQ estadunidense e logo tornou-se um hino de representatividade. "Com 'I Know a Place', quisemos imaginar um lugar no qual nenhum de nós precisasse ter medo. Para celebrar o mês do Orgulho, a riqueza da história LGBTQ e sua capacidade de transformar bares e salões de dança em paraísos seguros. O espaço que havíamos imaginado era uma discoteca.", disse a vocalista.

"'I Know a Place' nunca deveria ser uma canção fúnebre. Está destinada a ser uma música de ação (...). Escrevemos nossa canção para ser a voz em nossas cabeças que nos diz para celebrar a paz em tempos de guerra, pois nossa batalha está apenas começando e, um dia, nossa guerra realmente chegará ao fim.", declarou à Time.

O clipe direciona tal mensagem posicionando o trio em uma agressiva paisagem industrial, permanecendo de braços dados contra uma barreira de um motim policial. Elas conduzem uma dança contra a tirania de seus algozes. fazem uma policial abaixar sua arma, dar trégua e vir para seu lado. Um detalhe: a placa do carro delas é "OMR", uma referência ao atirador do atentado da Pulse.



Após o atentado da boate Pulse, em Orlando, em 2016, a letra adquiriu ainda mais potência e, no atual clima político sombrio dos EUA, ganha um propósito ainda maior, oferecendo aos ouvintes uma fuga utópica da discriminatória agenda política de Trump.

Com uma mistura deliciosa de electropop, synthpop, indie rock, letras confessionais, engajamento político e representatividade, o MUNA é realmente uma ótima surpresa. Ouça seu disco de estreia abaixo, clicando em "leia mais".



Esperemos que as garotas tenham uma carreira longa e próspera. Para saber mais, assista a uma entrevista que elas concederam a Lizzy Plapinger, do MS MR.
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