Crítica: as histórias da vida humana como microuniverso em “Justiça”



Justiça, a minissérie da Globo, pegou todos de surpresa com seu trailer nas redes sociais da emissora. Ao som de "Hallelujah", cantada por Rufus Wainwright, o vídeo nos apresentava quatro histórias que acompanharíamos por um mês: o assassinato da filha de Elisa (Débora Bloch), a prisão armada para Fátima (Adriana Esteves), o racismo sofrido por Rose (Jéssica Ellen) e o crime de eutanásia cometido por Maurício (Cauã Reymond).

Por meio do recurso narrativo que interligava todas as histórias em Recife, a minissérie conseguiu discutir justiça de diversas formas e mostrou como estamos unidos enquanto sociedade. Esse foi um dos seus maiores feitos: explicitar por ligações grandes ou não que o mundo é pequeno e que, de alguma maneira, todos fazemos parte da vida uns dos outros.



Regada com uma trilha sonora maravilhosa - mas por vezes maçante pela frequência que era revisitada - a minissérie deixa uma reflexão que sempre será atual: a lei dos homens não se faz apenas por meio dos aparatos legais. A vingança é uma constante na vida de todos nós e ela não vai deixar de existir, mesmo que a justiça, sua versão institucionalizada, tente aboli-la da sociedade.

Com atores impecáveis em cada papel, a produção ainda chama atenção para o fato de que a vida em rede faz cada um de nós protagonistas. Dessa forma, existe muito mais por trás de cada história do que possamos imaginar. Por isso, escrevemos separadamente sobre as quatro narrativas apresentadas pela criação de Manuela Dias. Clique nos nomes para ler a crítica sobre cada uma delas:

Elisa | Fátima | Rose | Maurício


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