Janet Jackson e Eli Lieb dedicam clipes às vítimas do ataque à boate Pulse



O atentado à boate Pulse, no último domingo (12), em Orlando, na Flórida, foi uma ação sem precedentes.

Segundo a BBC, uma em cada três pessoas foi alvejada. O total de mortos somam 50 pessoas, incluindo o próprio atirador, além de outras 53 feridas. É considerado o tiroteio mais letal da história recente da América do Norte.

O momento não poderia ser mais delicado. Enquanto, de um lado, o candidato republicano à presidência dos Estados Unidos, Donald Trump, usa do medo para criar uma fobia à cultura e à imigração muçulmana, de outro, reforça a necessidade de todo cidadão ser capaz de portar armas.

Soma-se a estas duas questões delicadas, o caráter homofóbico do ataque, que grande parte dos partidos conservadores, seja nos EUA, ou no Brasil, insiste em desqualificar.

O alvo, a boate Pulse, foi inaugurada em homenagem às vítimas da AIDS e era referência na luta pelos direitos LGBTQ e dos imigrantes. A escolha do local não foi obra do acaso.

Diante deste cenário conturbado, muitos artistas tem manifestado apoio à causa LGBTQ, e às vítimas, através de músicas, principalmente. Clica em "leia mais" e confira um resumão sobre o assunto.

Um dos vídeos mais emocionantes foi divulgado hoje por Janet Jackson. para a canção "Shoulda Known Better", presente em seu último disco. O tratamento gráfico, feito por fãs, mostra imagens das pessoas assassinadas, além de trechos de entrevistas com os familiares, vigílias e o próprio presidente Obama falando sobre a situação do porte de armas.



O cantor e compositor Eli Lieb, que faz bastante sucesso no Youtube com covers, e Brandon Skeie, ambos abertamente gays, compuseram a balada "Pulse". Também dedica às vítimas, a música fala sobre aceitação e a possibilidade de não precisar mudar quem você é.



No último domingo, 12, Adele dedicou o show de sua turnê, que passa pela Bélgica, às vítimas. Aproveitando ainda para afirmar, emocionada, que a comunidade LGBTQ é sua alma gêmea.

Ambas também em turnê, Selena Gomez e Beyoncé dedicaram, respectivamente, "Transfiguration", da banda gospel Hillsong Worship e "Halo" em homenagem às vítimas e seus familiares.

Dentre todos, Lady Gaga parece ser a mais engajada diante deste atentado. A cantora, que já defendeu direitos da comunidade LGBTQ em vários momentos e plataformas, uniu-se na segunda-feira, 13, à milhares de pessoas em frente ao City Hall, em Los Angeles, em uma vigília.

Emocionada, além de ler os nomes das vítimas, discursou afirmando que a comunidade LGBTQ não está sozinha. Sua mensagem de apoio ainda contou com postagens no Instagram e no Twitter.

Também nas redes sociais, nomes como John Legend, Ariana Grande, J.K. Rowling, Adam Lambert, Cher, Madonna, Ricky Martin, Justin Timberlake, Elton John e Britney Spears, demonstraram sua indignação com o ocorrido e, em alguns casos, questionando a política armamentista americana.

A premiação Tony Awards, considerada o Oscar do teatro, que acontece hoje, em Nova York, dedicará sua cerimônia às vítimas.

É importante lembrar que o atentado em Orlando, não é algo isolado.

Só no Brasil, em 2015, foram 318 mortes, ou seja, um assassinato a cada 27 horas, segundo a Secretaria Especial de Direitos Humanos. Engrossando essas alarmantes estatísticas, no mesmo final de semana do atentado em Orlando, dois professores foram carbonizados em uma cidade do sertão baiano, levando à população às ruas na última segunda-feira, 13.

O país ainda é líder em mortes de travestis e transexuais, detendo 50% das mortes de todo o mundo.

O amor é revolucionário. Mas ele não é suficiente.

Precisamos de mais.

Precisamos fazer mais.
quedelicianegente.com