E chegamos ao dia 8 de março, data em que é comemorado o Dia Internacional da Mulher. Mais do que uma celebração de todas as conquistas históricas femininas em busca da igualdade de gêneros, é um dia para lembrar que muito ainda precisa ser feito.
As mulheres ainda não recebem os mesmos salários que os homens. As mulheres são vítimas de piadinhas, cantadas e chacotas simplesmente por serem mulheres. São vítimas de violência verbal, psicológica e física em estatísticas alarmantes. E nem podem ser consideradas donas plenas de seus próprios corpos, quando são incutidas a se comportar de uma determinada forma, vestir-se de um determinado jeito e não possuem o aparato legal para dar fim a uma gravidez indesejada.
Pode não parecer, mas a cultura pop é uma ferramenta importante, que tanto pode contribuir para a manutenção do cenário atual, dependendo quem está envolvido e com quais propósitos, como também ter um papel extremamente transformador. Esse é o caso das personagens femininas da ficção que fogem dos estereótipos, são protagonistas marcantes ou desempenham papeis centrais e, assim, inspiram diversas garotas e mulheres ao redor do mundo.
Como nossa especialidade é cultura pop, decidimos fazer uma listinha não-tão-básica-assim de nossas personagens favoritas nesse quesito. Sabemos que algumas delas podem ter reproduzido machismo ou terem sido objetificadas em determinados contextos - às vezes por terem sido criadas por homens e/ou visando um determinado público-alvo.
Pedimos previamente desculpas por qualquer equívoco na abordagem do assunto. Não é nossa intenção retirar o protagonismo de vocês nos assuntos que lhe dizem respeito. Somos uma equipe formada inteiramente por blogueiros homens por mero acaso, mas não queríamos deixar de fazer a nossa homenagem. Sitam-se a vontade para comentar, criticar ou elogiar nos comentários.
P.S.: não trata-se de um ranking. Os números são apenas pra organizar.
1. Katniss (Jogos Vorazes):
Se o assunto é cultura pop, um marco recente nela é Jogos Vorazes. É uma série de livros, protagonizado por uma mulher, que fez tanto sucesso que movimentou todo o mercado literário, gerando um revival de distopias. É uma franquia cinematográfica milionária que provou a Hollywood que uma heroína pode ser, sim, um ótimo negócio. E ainda tem um conteúdo progressista incrível e uma protagonista extremamente forte e altruísta, mas completamente humana, que se vê afetada em diferentes graus por toda a desgraça que acontece ao seu redor.
2. Hermione (Harry Potter):
Não dá pra falar de progressismo e heroínas literárias, sem falar de Hermione. A personagem foi uma das maneiras encontradas por J.K. Rowling para ilustrar o preconceito contra os chamados "sangues ruins" em sua obra - uma metáfora aos preconceitos do mundo real. Essa linha tênue entre o preconceito na ficção e na realidade se tornou clara recentemente, quando a atriz Noma Dumezweni, que é negra, foi escalada para viver a personagem no teatro. Mas nenhuma adversidade abateu Mione, que e foi uma das melhores alunas que já passou por Hogwarts e encontrou tempo de politizar em prol de causas como a libertação dos elfos domésticos e... salvar inúmeras vezes Harry e Rony. Emma Watson, sua intérprete no cinema, aliás, também é conhecida por sua militância.
3. Imperatriz Furiosa (Mad Max: Estrada da Fúria):
Como Katniss, Furiosa é uma heroína em meio a uma realidade desoladora. A personagem, vivida por Charlize Theron, não só tomou para si o seu destino e o governo de Immortan Joe, mas também o protagonismo do mais recente filme de George Miller. Mesmo em ritmo de ação full-time, a produção vai além do teor de empoderamento feminino, também abordando assuntos como abuso, capacitismo e especismo.
4. Clarke (The 100):
The 100 também é originalmente um livro de distopia, mas foi principalmente através do seriado de TV homônimo que se tornou um sucesso de público e crítica. Boa parte disso se deve a protagonista, interpretada por Eliza Taylor, que não mede esforços para proteger os seus - mesmo que tais esforços sejam por vezes contestáveis. Além disso, a personagem é bissexual, dando visibilidade à essa letra da sigla LGBTQ, que nem sempre é lembrada.
5. Viúva Negra (Vingadores):
Uma heroína das HQs que morremos de amores é a Viúva Negra, vivida por Scarlet Johanson nas telonas. Ganhando cada vez mais espaço nos filmes como Vingadores e Capitão América, Natasha Romanoff mostra, por braceletes com ferrões, armas, explosivos e uma história pessoal de background tenso, que está pronta para estrelar seu próprio filme, tá Hollywood? Tá Marvel?
6. Mulan (Mulan):
Ela teve que enfrentar os princípios enraizados de sua familia, de toda uma sociedade, lutar contra exércitos e grandes imperadores. Se você pensou na Mulan, pensou certo. Foi acreditando e apostando nas suas próprias ideias que a princesa da Disney deu a volta por cima e se fez ser reconhecida e aceita como ela é.
7. Xena (Xena: A Princesa Guerreira):
A princesa guerreira, vivida por Lucy Lawless, apareceu pela primeira vez na série Hércules: A Lendária Jornada, em apenas 3 episódios. Mas o sucesso foi tanto que rendeu um spin-off só dela. Bem, dela e da fiel companheira
8. Hit-Girl (Kick-Ass: Quebrando Tudo):
Se tem uma ilustração perfeita da expressão "Fight Like a Girl", essa é Hit-Girl, personagem dos quadrinhos Kick-Ass, interpretada muito bem nos cinemas por Chloë Moretz. Não é todo dia que uma personagem garotinha é mostrada dando tiro, porrada e bomba!
9. Mônica (Turma da Mônica):
Já Mônica, personagem criada por Maurício de Sousa, pode não ter todo o arsenal da colega acima - só trabalha o Coelho Sansão mesmo - mas lida, muito bem obrigado, com os garotos folgados.
10. Beatrix Kiddo (Kill Bill):
Interpretada por Uma Thurman, Beatrix Kiddo é o que podemos dizer de personagem inabalável nas telonas. Destemida, autêntica, guerreira e independente, ela passa por todas as adversidade possíveis durante os dois volumes de Kill Bill, filmes de Quentin Tarantino, e protagoniza, na sua incessante busca por vingança, praticamente todas as cenas de luta. Beatrix é indiscutivelmente f*da!
11. Daenerys Targaryen (Game of Thrones):
No meio do grandioso jogo de xadrez que é Game of Thrones/As Crônicas de Gelo e Fogo, com conceitos de certo e errado muito relativos, personagens femininas como Cersei, Ygritte, Arya, Catelyn, Sansa e Brienne ganham destaque, por sua força, complexidade e importância dentro da narrativa - para o bem ou para o mal. Daenerys Targaryen, mãe dos dragões, khaleesi e dona da p*rra toda, é provavelmente a que melhor representa essas nuances.
12. Sarah Connor (Exterminador do Futuro):
Por mais distintas que sejam ambas as histórias, Exterminador do Futuro e Game of Thrones tem dois nomes em comum em suas mitologias: Lena Headey, que vive Cersei na série da HBO, já foi Sarah Connor em Terminator: The Sarah Connor Chronicles. Idem Emilia Clarke, a Daenerys, que viveu a mesma personagem no mais recente filme da franquia de ação. Mas Sarah foi imortalizada mesmo com Linda Hamilton a interpretando nos longas de 1984 e 1991.
13. Éowyn (O Senhor dos Anéis):
Apesar de outras (poucas) personagens femininas importantes, nenhuma foi mais valente e ousada que Éowyn na trilogia O Senhor dos Anéis. A donzela de Rohan cuidou do rei Théoden e se esquivou do assédio do conselheiro Gríma. Na batalha dos Campos de Pelennor, Éowyn desafiou as normas sociais ao se disfarçar de homem. Assim, ela matou o Rei Bruxo de Angmar, quebrando a profecia de que nenhum homem poderia mata-lo. "Eu não sou homem", revelou ao vilão - a melhor fala do filme.
14. Annalise Keating (How To Get Away With Murder):
"Nascida" Anna Mae Harkness, Annalise é uma das incríveis criações de Shonda Rhimes. Annalise Keating é muito mais do que uma brilhante advogada e professora, Annalise é uma mulher negra que cresceu pobre, sofreu abusos sexuais durante a sua infância, mas foi capaz de contrariar todas as expectativas de uma sociedade racista e machista, se tornando uma personagem que, mesmo assombrada pelo seu passado, não permite que o medo lhe impeça de viver seu presente e futuro.
15. Buffy (Buffy, a Caça-Vampiros):
Se sobreviver as angústias da adolescência já parece difícil, imagine ter que enfrentar demônios, vampiros e diversas criaturas sobrenaturais que chegam para ameaçar a sua vida e a de seus amigos. Assim é a vida de Buffy.
16. Mulher-Maravilha (DC Comics):
Sendo capaz de surrar até mesmo o Super-Homem, Diana, a amazona que será interpretada por Gal Gadot em Batman vs Superman: A Origem da Justiça (e no seu filme solo que o sucederá), se destaca entre os super-heróis, não pela força ou velocidade, mas por ser uma das únicas que mata seus inimigos quando sabe que esta é a única opção. Em um universo com Vixen, Batgirl, Supergirl, Mulher Gavião, Canário Negro e outra centena de heroínas, Diana chega como mais uma mulher que bate de frente com o patriarcado, mostrando que aquela história de sexo-frágil é uma piada de mau gosto.
17. Dana Scully (Arquivo X):
Numa série cujas cernes são ciências e conspirações, Dana Scully (interpretada por Gillian Anderson) é uma protagonista essencial para manter o equilíbrio entre essas duas temáticas. A cética agente do FBI, graduada em física e medicina, marcou época e tornou-se uma das mulheres mais importantes da ficção científica.
18. Olivia Dunham (Fringe):
E não tem como falar de Dana sem falar da sua "filha contextual". A protagonista de uma das séries mais legais (e infelizmente subestimadas) de J. J. Abrams, vivida pela australiana Anna Torv , no decorrer de cinco temporadas, solucionou mistérios bizarros, lutou contra uma raça tirana, rompeu os limites da própria mente e até atravessou universos.
19. Trinity (Matrix):
Trinity não poderia ficar de fora da nossa lista. Uma das principais personagens da trilogia Matrix, interpretada por Carrie-Anne Moss, mostra - em meio a armamento pesado, balas em slow-motion e roupas de vinil - que às vezes é preciso frieza e às vezes empatia para atingir seus objetivos, desde que essas tenham sido escolhas suas, tão claras quanto pílulas azuis ou vermelhas.
20. Ellen Ripley (Alien):
Interpretada pela icônica Sigourney Weaver, Ellen é a protagonista de Alien, o 8° Passageiro (1979). Independe e dona de seu próprio destino, Ellen quebra rótulos do que, até então, eram tidos como a maioria dos papeis femininos nos filmes de ficção cientifica.
21. Elsa (Frozen):
"Let it go, Let it go"... A música já grudou na sua cabeça de novo, né? Pedimos desculpas. Elsa e Anna podem ter levado pais à loucura com a sua cantoria, mas também levaram ensinamentos que as crianças dessa nova geração jamais esquecerão. Juntas as irmãs quebraram a imagem de que o "felizes para sempre" só é feliz em companhia, e trouxeram uma nova onda de autoconfiança para os reinos de Walt Disney.
22. Lara Croft (Tomb Raider):
A exploradora e aventureira Lara Croft é uma das personagens mais icônicas dos video-games (ganhando até duas adaptações para o cinema, sendo interpretada por Angelina Jolie). Lara mostra toda sua inteligencia e coragem o tempo todo, lutando contra animais selvagens e bandidos, enfrentando as adversidades de suas missões ou até mesmo destruindo maldições antigas enquanto escala uma montanha ou mergulha em águas desconhecidas.
23. Uhura (Star Trek):
Tenente Nyota Uhura, como gostamos de chamar, foi interpretada nos cinemas por Nichelle Nichols e Zoë Saldaña. A personagem representou um avanço importante por ser a primeira mulher negra a participar de filmes de ficção científica, sem interpretar uma escrava ou empregada, mas sim a comandante das comunicações da nave Enterprise. E sabe o melhor? Ela batia em pé de igualdade nas tomadas de decisões com os homens na ponte de comando.
24. Rey (Star Wars):
Star Wars pode ser considerado um cânone do universo geek. Em um universo masculino, Padmé Amidala, Leia Organa, Shaak Ti e Rey são algumas das personagens que demonstram o poder e protagonismo feminino. Rey tem um passado misterioso, porém, sua trajetória se assemelha a de Anakin Skywalker. Além de uma ótima pilota, ela demonstra um talento nato para a "força" e consegue se livrar sozinha de seu cativeiro - por fim gladiando com o vilão Kylo Ren. A trama de O Despertar da Força transforma radicalmente o estereótipo de donzela dependente de homens.
25. Jessica Jones (Jessica Jones):
O surgimento de Jessica nos quadrinhos já começou bem polêmico: ela foi a primeira personagem, criada pela Marvel, que não foi regida pelo Comics Code Authority, um órgão americano que controlava o conteúdo das HQs. Na série da Netflix, Krysten Ritter segue a mesma linha bad-ass, politicamente incorreta e sexualmente ativa. Muitos consideram uma produção com forte apelo feminista devido à relação de abuso sofrida pela protagonista com o vilão Kilgrave (David Tennant).
26. Merida (Valente):
Desde o início de Valente fica claro que Merida é uma garota que sabe o que quer. Decidida, forte, rebelde e extremamente habilidosa, ela mostra o filme todo que uma mulher pode ser tão boa quanto um homem em qualquer atividade... Ou até mesmo melhor, como na maioria das vezes.
27. Alice (Resident Evil):
Alice Abernathy foi uma sobrevivente da pandemia causada pelo T-Virus na série de filmes Resident Evil. Conhecedora das artes marciais desde adolescente, Alice usa suas habilidades junto com as capacidades que ela adquiriu após receber o T-Virus (sendo a única pessoa na trama ao se ligar ao agente viral perfeitamente, sem apresentar deformações ou características zumbis) para combater a Umbrella, corporação que criou o vírus que acabou por dizimar o mundo.
28. Michonne (The Walking Dead):
Assim como Alice, Michonne é uma sobrevivente de um apocalipse zumbi. Ao entrar pro grupo de sobreviventes, ela era um pouco fechada e acuada, mas com o passar do tempo, passou a ser melhor conhecida e se tornou uma favorita dos fãs da série devido à sua personalidade apaziguadora e incríveis habilidades autodidatas com a espada.
29. Malévola (Malévola):
Na animação de 1959 da Bela Adormecida, Malévola já mostrava que era a personificação de determinação e do orgulho, assim como do poder e da fúria. Sendo capaz de ir aos extremos pelo que acreditava, a bruxa ganhou uma versão mais humanizada no filme Malévola onde foi interpretada por Angelina Jolie, mostrando as razões para sua vingança, assim como sua redenção.
30. Miranda Priestly (O Diabo Veste Prada):
Todos nós sabemos que em O Diabo Veste Prada a personagem mais icônica é Miranda Priestly, vivida pela brilhante Meryl Streep, uma mulher que conquistou seu posto como editora-chefe de uma das principais revistas de moda dos Estados Unidos, sendo aquela de dita as tendências do ano todo. Miranda é uma mulher dura, chegando a ser cruel algumas vezes, mas tudo em nome do que ela acredita, sempre mostrando que nada fica em seu caminho quando quer alguma coisa.
31. She-Ra (She-Ra):
Criada pela Mattel com o propósito de ser uma versão feminina de He-Man e por consequência vender brinquedos no mesmo volume que sua contraparte masculina, todavia, She-Ra (Princesa Adora para os intimuix), fez algo maior com o seu lançamento em 1985. A Princesa, que para muitos estava fadada a ser apenas a irmã gêmea de He-Man, trouxe ao mundo mais um pilar que viria a sustentar e dar forças a uma geração inteira de meninas que seriam julgadas por gostarem de coisas tidas "de menino".
32. Tempestade (X-Men):
Se na ficção científica temos Uhura, nas HQs temos Ororo Munroe (a.k.a. Tempestade) como a primeira super-heroína negra a fazer parte do universo de X-Men. Vista como a verdadeira líder da equipe, Tempestade conquistou seu espaço e não se deixou ficar na sombra dos demais mutantes. E se tratando de empoderamento feminino, X-Men soube trabalhar bem suas personagens, afinal toda a história é uma grande analogia contra o preconceito e a favor da igualdade. Jean Grey, Vampira, Mística e Lince Negra são só alguns exemplos dessas mulheres poderosas, nos mais amplos sentidos da palavra.
33. Sophia (Orange Is The New Black):
Sophia Burset (Laverne Cox) é uma das mais carismáticas personagens de Orange Is The New Black. A trama da detenta transgênera revela as facetas mais cruéis da transfobia. A condenação por roubo para pagar a cirurgia de redesignação, a falta de de hormônios na prisão - e a consequente disforia de gênero - e o preconceito sofrido pelas demais prisioneiras. O papel de Laverne tornou-se símbolo de visibilidade, luta e conquista para outras atrizes e atores trans.
34. Nomi (Sense8):
Nomi Marks (Jamie Clayton) é outro exemplo de atriz trans interpretando uma personagem de tal identidade. Em Sense8, a hacker e ativista namora Amanita (Freema Agyeman), uma mulher cisgênera. Além da intolerância da família, o enredo permite que vejamos que até mesmo entre outras minorias LGBTQ isso acontece; uma amiga lésbica e feminista de Amanita alega que Nomi era apenas outro homem roubando o espaço de mulheres. O insulto resulta em uma das mais belas cenas do seriado.
35. Lisbeth Salander (Trilogia Millenium):
Ao decorrer de boa parte de sua vida, Lisbeth Salander sofreu com o machismo em seus graus mais extremos. Não é à toa que o nome do primeiro livro da Trilogia Millennium recebe o título de Os Homens Que Não Amavam as Mulheres, além de outros detalhes como o próprio nome da protagonista ter surgido de uma vítima de estupro que Stieg Larsson não conseguiu ajudar quando tinha 15 anos. Com isso, temos uma Salander controversa, que faz justiça com as suas próprias mãos em um Estado que não conseguiu ampará-la. Tudo isso sob uma perspectiva sombria e crua incorporado muito bem nas telonas tanto por Rooney Mara (versão estadunidense) quanto por Noomi Rapace (versão sueca).
36. Garnet (Steven Universe):
Garnet é uma das protagonistas de Steven Universo, sendo uma das figuras maternas para ele. Líder das Crystals Gems, usa toda sua força bruta e visão do futuro para proteger a terra, e principalmente Steven, dos perigos. Além disso tudo, como a própria personagem canta, ela é feita de amor.
37. Sailor Urano/Haruka Tennou (Sailor Moon):
Em Sailor Moon o protagonismo feminino é pleno. Entre tantas guerreiras, Sailor Uranus foge do padrão de garota delicada. Haruka Tennou é andrógina, pilota carros e é uma exímia espadachim. Além disso, não esconde sua sexualidade e flerta com a protagonista Serena. Mais adiante, sabemos que ela namora com Michiru, a Sailor Netuno. Alternando entre figurinos masculinos e femininos, Haruka talvez seja uma das mais marcantes personagens a desafiar o binarismo de gênero.
38. Zelda (The Legend of Zelda):
A princesa Zelda não só dá o nome à série de games The Legend of Zelda, como muitas vezes rouba a cena do herói. Inicialmente apenas uma donzela indefesa, a personagem ganha alteregos que lutam e auxiliam Link em sua jornada. Em Ocarina of Time, Zelda torna-se Sheik, um guerreiro do clã Sheikah. Já em The Wind Waker e The Phantom Glass, ela é Tetra, uma pirata que descobre ser a herdeira da família real e ajuda Link a derrotar o vilão Ganodorf. Queremos um game protagonizado só por ela!
39. Shina (Cavaleiros do Zodíaco):
Shina de cobra, a amazona de prata da constelação de Ophiucus dos Cavaleiros dos Zodíacos sempre foi uma personagem misteriosa e cheia de poder. Inicialmente sendo uma inimiga, Shina passou por uma jornada repleta de superação (e vingança), mostrando que mesmo uma guerreira voraz pode ser uma mulher com medos e inseguranças, e que não tem nada de errado com isso.
40. Jackie Brown (Jackie Brown):
Jackie Brown (Pam Grier) é a protagonista do filme homônimo de Tarantino e é uma verdadeira alfinetada no patriarcado. Jackie, Simone (Hattie Winston) e Melanie (Bridget Fonda) são três mulheres exploradas por homens que em meio ao conflito entre ladrões e a polícia, conseguem se beneficiar da situação. Com diálogos geniais e diversas atrizes negras, o filme é o mais injustamente subestimado da filmografia do diretor.
quedelicianegente.com
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