15 clipes inspirados em “Alice no País das Maravilhas”, que completou 150 anos!



Em 2015, especificamente no último fim de semana, dia 04, Alice no País das Maravilhas completou 150 anos desde que foi publicado por Lewis Carroll, pseudônimo do britânico Charles Lutwidge Dodgson.

Na época de sua publicação o livro gerou polêmicas por subverter o sistema de educação vitoriano, possuir questionamentos lógicos, semânticos e de problemas psicológicos de identidade, críticas políticas, mas sobretudo por quebrar a factibilidade de maneira nonsense.

O autor até hoje provoca controvérsia por seu portfólio fotográfico com meninas, dentre elas Alice Liddell, que inspirou a obra aniversariante. Mas assim como o também controverso e problemático Lolita de Vladimir Nabokov, é inegável que sua influência transpassa a cultura de modo geral.

Se tal inspiração fica mais clara no cinema - como na clássica adaptação da Disney em 1951, no recente live-action do mesmo estúdio idealizado por Tim Burton em 2010, ou até em Donnie Darko (2001) de Richard Kelly - no mundo da música ela é tão frequente quanto.

Sendo assim, como de costume em determinadas ocasiões especiais, resolvemos listar alguns clipes que se enquadram nessa premissa. Escolhemos 15, mas há vários mais, que vocês podem ficar a vontade para lembrar nos comentários.

15. Natalia Kills - Wonderland:



Falando em controvérsia, começamos com Natalia Kills, que agora atende por Teddy Sinclair, após ter se envolvido em polêmicas no The X-Factor, ao afirmar que um dos candidatos se inspirou demais em seu marido. Mas a própria bebeu da fonte de Carroll para fazer uma versão dark da história em "Wonderland".

14. Florence + The Machine - Rabbit Heart (Raise it Up):



Contrariamente temos o solar (com exceção do desfecho fúnebre) "Rabbit Heart (Raise it Up)", que tem referências bem sutis, mais claras apenas no título e na letra que no clipe em si. Neles pode-se verificar alusões ao personagem do coelho e a aventura de amadurecimento pela qual a protagonista passa em Através do Espelho e O Que Alice Encontrou Lá.

13. Tori Amos - Strange Little Girl:



Também tênues são as inspirações de "Strange Little Girl" de outra musa ruiva, Tori Amos. Nesse há uma combinação de Alice com O Mágico de Oz e Chapeuzinho Vermelho. Bem como no de Kills, o clima é soturno e temos referências de uma menina crescendo em uma casa e enfrentando seus medos. Como na obra de Lewis, é uma ótima metáfora da passagem da infância para a adolescência.

12. The Smashing Pumpkins - Thirty-Three:



De forma simbólica em "Thirty-Three" do Smashing Pumpkins, vemos uma narrativa nonsense na qual uma Alice caminha em paisagens bucólicas e se depara com um coelho. Destaque para o formato stop-motion e os membros da banda caminhando por um subúrbio, lembrando vagamente Donnie Darko.

11. Tom Petty And The Heartbreakers - Don't Come Around Here No More:



Já que entramos no rock bebê, falemos de todos os casos do gênero, como no clássico oitentista "Don't Come Around Here No More" de Tom Petty And The Heartbreakers, que diferente dos citados anteriormente, é bem literal.

10. Aerosmith - Sunshine:



O mesmo acontece no claro-escuro "Sunshine" do Aerosmith, com direito a Steven Tyler de Chapeleiro Louco e um Gato de Cheshire horripilante. A gente sempre achou que ele tinha um "quê" de Johnny Depp (ou o contrário).

9. Oomph! - Labyrinth:



Já a banda de metal alemã Oomph! transportou a mitologia do livro para um contexto de filme de terror, com Alice encontrando o seu "País das Maravilhas" nos corredores de um hospício. Tudo a ver com a metáfora mental, né?

8. The Used - All That I've Got:



De forma mais indireta e leve, mas ainda buscando referências no cinema de suspense, The Used mistura elementos de O Iluminado de Stanley Kubrick - e em menor grau em A História sem Fim de Michael Ende e Oliver Twist de Roman Polanski - na concepção de "All That I've Got".

7. Paramore - Brick By Boring Brick:



Temos Paramore com "Brick By Boring Brick", com Hayley Williams encarnando a protagonista da duologia de Carroll e entoando raivosos versos "cai na real, queridinha!" - em outras palavras, obviamente - enquanto somos levados à uma viagem através do famoso buraco (cellar door em inglês) que funciona como portal até o mundo "através do espelho".

6. Avril Lavigne - Alice:



Em "Alice", música-tema do já citado Alice no País das Maravilhas de Burton, temos Avril Lavigne incorporando uma versão gótica suave da personagem com direito a cenas do longa.

5. Kerli - Tea Party:



A trilha sonora promocional do mesmo filme rendeu também "Tea Party" da Kerli. E a cantora pop estoniana fez de um chá com o Chapeleiro Maluco uma verdadeira temporada de American Horror Story.

4. Margaret - Wasted:



Vinda também de terras europeias, a polonesa Margaret, tal e qual Kerli, coloca o chá como um elemento central numa alucinação que transporta Alice Através do Espelho a um formato à la "Come Into My World" de Kylie Minogue.

3. Kyary Pamyu Pamyu - Tsukematsukeru:



Em "Tsukematsukeru", Kyary Pamyu Pamyu satiriza o arquétipo de garota kawaii, que permeia a cultura nipônica, e corporifica as personas da Rainha de Copas e Alice de maneira freak, multicolorida e cômica, como praticamente tudo que ela faz.

2. Jessie J - Nobody's Perfect:



O nosso segundo lugar vai para super-produção "Nobody's Perfect" de Jessie J. Nela a britânica solta o vozeirão à medida que caminha pelos corredores de uma casa mal assombrada, cujas salas mostram versões de si própria em diferentes situações, entre elas o banquete do Chapeleiro e da Lebre numa sala cheia de relógios.

1. Gwen Stefani - What You Waiting For?:



A a medalha de ouro vai para ninguém menos que Gwen Stefani com "What You Waiting For?". Com um quê thriller, nossa amada vocalista do No Doubt fez um versão contemporânea de Alice na indústria fonográfica no que é provavelmente o melhor clipe de sua videografia. Pudera, quem o comandou foi Francis Lawrence, cineasta responsável por outros vídeos icônicos como "Bad Romance" da Lady Gaga e "I'm a Slave 4 U" da Britney, além dos três últimos filmes da franquia Jogos Vorazes.
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