
Em 2012 postamos aqui sobre a possibilidade de Guardiões da Galáxia ir para as telonas. O grupo, que nas HQs tem uma formação em 1969 e outra de 2008, era muito desconhecido e ninguém deu muita bola. Dois anos se passaram e Guardiões se tornou um lançamento tão aguardado quanto Capitão América: O Soldado Invernal.
O filme segue Peter Quill (Chris Pratt) que foi abduzido quando criança. Ele se torna um saqueador, como o grupo que o acolheu, e caça objetos para serem vendidos. Quando está atrás de um orbe, acaba entrando no caminho de Ronan, o Acusador (Lee Pace), que quer o poderoso artefato para que assim possa destruir o planeta Xandar. Depois de muita polêmica, muita confusão, Quill se junta a Gamora (Zoë Saldana), que trabalhava para Ronan, Rocket (Bradley Cooper), Groot (Vin Diesel) e Drax, o Destruidor (Dave Bautista) para impedir que o vilão dê seguimento ao seu plano.
Primeiramente, é inacreditável que o IMDb não o tenha classificado também como "comédia". Todos estão cansados de saber que a Marvel é mestre em alívios cômicos (o que até é um defeito em Homem de Ferro 3 e foi uma pequena preocupação antes da estreia de Capitão América 2), mas Guardiões não tem uma seleção de cenas engraçadas, mas sim uma aura de humor que permeia todo o roteiro.
Para apresentar esse universo, até então inédito nos cinemas, James Gunn decidiu por um bom-humor bem amarrado. Tem piadas depreciativas, bordões, humor físico (que pode parecer um pouco forçado) e tiradas bem inteligentes (algumas até quase metalinguísticas), o que é aplaudível. O longa se torna ainda melhor quando consegue equilibrá-lo às ameaças reais. Mortes estão por todo o canto, disputas de poder são elevadas, tudo, claro, dentro do permitido para uma classificação de 12 anos.
Outro desafio que o diretor transpôs tranquilamente foi costurar cinco protagonistas de forma orgânica. Guardiões é sobre um grupo que se descobre amigo, então a graduação e importância de cada personagem caminha naturalmente para o ponto em que se tem uma equipe consolidada. O bom é que, por mais que os personagens possam ser separados em clichês, eles nunca são só isso. Devemos esse trunfo à atuação dos principais, que consegue incutir personalidade e carisma em todos os momentos.
Obviamente, o filme traz alguns defeitos, como explicar tudo nos mínimos detalhes. É quase impossível fugir disso quando é necessário apresentar toda uma mitologia e seus integrantes, mas a tática acaba cansando. Outra coisa é a necessidade de pontuar sempre em que lugar da galáxia estamos. Localização que, embora sintomática em longas do gênero, às vezes se transforma apenas em uma informação descartável. Nesse quesito, ainda vale destacar as lutas, bem coreografadas (principalmente as de Gamora), mas cansativas pela mania de Gunn de filmar de tão perto.
Porém nada tira o brilho da produção. Ela foi uma aposta muito bem dada. Expandir um universo cinematográfico que vem sendo construído com tanta maestria, exigia riscos (com esse sendo o maior) e, por ora, está tudo bem 10/10. Como em uma das últimas músicas tocadas (dentre uma trilha sonora maravilhosa), Guardiões vem para mostrar que não há montanha alta suficiente que a Marvel não tente escalar.

P.S.: Ficamos tão felizes que inclusive estamos acreditando até mesmo num Homem-Formiga dirigido pelo responsável de Teenagers - As Apimentadas. In Feige, presidente da Marvel, we trust.
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Super amo as criticas do site procurem fazer mais criticas de filmes,series, musicas e álbuns <3 QDNG é muito amor nessa vida
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