Retrospectiva 2013 Parte 4/7: Melhores Filmes e Melhores Séries

Depois de posts dos melhores clipes, melhores álbuns e melhores singles, hits e revelações em nossa Retrospectiva 2013, chegou a vez de falarmos sobre os filmes e séries que mais marcaram a nossa equipe este ano.

Como sabem, não dá pra abarcar tudo quanto é longa-metragem e seriados. E esperamos que estejam conscientes de que os escolhidos levam em consideração, acima de tudo, nossa visão como um blog de cultura pop/nerd (leia-se: isso não é o Oscar). E tá longe de ser o fim do mundo se sua produção do coração não entrou na lista.

No mais, se você conhece algum drama fijiano que merecia nossa atenção ou aquela série produzida na Martinica que explodiu sua cabeça, fala aí nos comentários.

Jogos Vorazes: Em Chamas: O segundo capítulo da saga de Katniss foi um dos filmes mais esperados do ano. As expectativas eram não só para conferi-lo, mas também para que batesse a qualidade do do longa anterior. Não deu outra. O apuro técnico continuou e o tratamento dado aos temas centrais ganhou peso no roteiro. Preparando terreno, mesmo para quem não leu os livros, para a terceira e quarta parte, Em Chamas mostrou que a obra de Collins é digna de perpetuação na cultura pop.



Gravidade: Gravidade têm seus méritos em todas as decisões de Alfonso Cuarón, em dar tanta atenção à trilha sonora e aos efeitos sonoros, quanto aos especiais, transformando o longa numa obra meticulosa e centrada. Praticamente os únicos em cena, George Clooney e principalmente Sandra Bullock fizeram ótimas atuações. A atriz sabe momentos certos de se aprofundar em sua personagem e, com sutileza, transformar em reflexão terrena a solidão e o desespero encontrados no espaço.



Azul É A Cor Mais Quente: O filme de Abdellatif Kechiche se resume numa eterna busca individual. Não é só pelo fato da protagonista ser lésbica, o que já influi o caminho da descoberta, mas sim porque trabalha com uma personagem completa. Com seus closes invasivos, o diretor dá importância a todos os detalhes, o que nos faz enxergar a necessidade de um olhar aprofundado em nossas concepções sobre o amor. Aqui, o romantismo não é a procura de um amor ideal, é só a procura.



Invocação do Mal: A história de uma família perseguida por um espírito não é a coisa mais original do cinema. Bonecas possuídas e médiums perturbados, menos ainda. Mas um filme não é ruim por ter suas âncoras em clichês, como provado por Invocação do Mal. A direção de James Wan manuseia todos esses elementos, transformando-os em um terror baseado no suspense. Vera Farmiga também merece destaque por conseguir equilibrar a sensibilidade e firmeza de sua personagem.



O Homem de Aço: Preconceito com Zack Snyder e Superman (porque Goyer todos veneram, since trilogia Batman) podem ter levado muitos a desacreditarem do filme. Mantivemos a cabeça aberta e o colocamos no top 5 pela possibilidade que abre para o universo DC no cinema. Com um longa seguro de si e sem medo de arriscar (assim como o protagonista Henry Cavill), a Warner parece finalmente ter criado coragem para entrar de cabeça no mundo dos heróis. Merece nosso voto de fé.



Menções honrosas: Além da Escuridão: Star Trek / Bling Ring: A Gangue de Hollywood / Capitão Phillips / Círculo de Fogo / Elysium



Breaking Bad: A história de um professor de química com câncer que decide virar traficante de drogas junto com um ex-aluno conquistou milhões de fãs. Depois de cinco temporadas, foi a hora de dar fim à série mais aclamada desse ano. O final de Breaking Bad virou um evento da cultura pop. Embasada em uma maestria que perpassava por todos os pontos técnicos (fotografia, roteiro, atuações e tudo o que você pensar), o seriado soube se prolongar tempo o bastante para se tornar um ícone.



Orange Is The New Black: Se o Netflix já mostrava sua força há algum tempo, foi com ela que a TV on demand conquistou meio mundo. Criada por Jenji Kohan (Weeds), a série retrata o tempo que Piper Chapman passou num presídio. Com isso, vários subplots aparecem para contextualizar a vida daquelas mulheres e mostrar que ainda é possível desmembrar a complexidade de personagens de modo magnífico. Com todos os episódios disponíveis on-line, é pra chorar e sorrir, tudo de uma vez.



The Following: Mesmo com algumas burrices dos agentes do FBI fictício e roteiro enchedor de linguiça, The Following ganha status dentro das séries estreadas em 2013. Sua trama baseada na típica perseguição "gato & rato" e tema sadicamente atrativo, constrói elementos para rearranjá-los nos momentos em que você menos espera. Por te deixar no escuro, a surpresa e o suspense andam lado a lado, sem que um atrapalhe o outro numa temporada, de modo geral, amarrada e concisa.



American Horror Story: Coven: Jessica Lange mais uma vez se mostra imprescindível para o sucesso da série de horror criada por Ryan Murphy. Embora permita soluções questionáveis quanto facilidade proporcionada pelo quesito "magia", o roteiro também dá margem ao crescimento de Fiona Goode e dos personagens ao seu redor. A sensação de imprevisibilidade e abordagem de temas sempre atuais (preconceito e busca de beleza irreal, por exemplo) são trunfos do programa.



Spartacus: War Of The Damned: O épico do escravo romano que comanda uma rebelião contra o império já foi contado diversas vezes. A produção da Starz chegou ao seu fim e foi muito mais do que genitálias masculinas. Ela criou campo para uma ponderação sócio-política da atualidade. O contraste entre as classes sociais é visto claramente e a correlação entre os homens-bestas e homens-políticos salta aos olhos. Isso a elevou ao posto de entretenimento prazeroso, mas também reflexivo.



Menções honrosas: Bates Motel / Hannibal / Game of Thrones / Orphan Black / Veep

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