
Natalia Kills, lá em 2011, veio com a proposta de ser dark no mundo colorido da música pop. Com seu primeiro álbum, Perfectionist, a moça mostrou que tem potencial para ter status, mesmo que a "grande mídia" não a veja assim.
Agora com Trouble, a cantora continua com seu peso de sempre - em sua maioria atribuídos às características percussões "ecoadas" do produtor Jeff Bhasker (Lana Del Rey, fun., Kanye West) - mas com a música como escape para suas experiências, algo que faz toda diferença. Sem muitas metáforas, com letras bem diretas e pouca ambiguidade lírica, Kills se entrega. Ótimo, porque facilita uma aproximação com o público, mesmo que alguns não conheçam sua vida.
Assuntos como laços familiares conturbados, namoros descambados, rotulagem trashy são coisas que muitas pessoas (senão todas) conseguem se relacionar. O bom é perceber que essa honestidade torna a garota pesada, um pouco singela e que isso não deixa o álbum se tornar pedante. Vide "Saturday Night" como a escolha do segundo single.
"Television", "Problem", "Rabbit Hole" (uma das melhores do álbum, so far) e "Controversy" são os gritos de Natalia em meio a sirenes, confusões e desespero. Essa última, porém, chega ao limiar de não desandar todo o conceito do registro por, justamente, manter escancarado a conceituação artística por trás de Trouble.
E fica engraçado quando você se vira para o restante das músicas e não encontra a mesma agressividade melódica das já citadas. Isso, porém, é o de menos, já que a composição contém frases-chave que arrebatam fácil o coração. Vocês encontra sem problemas isso em "Devils Don't Fly", como o quote "devils don't fly, so don't expect me not to fall", além de "Watching You" e "Marlboro Lights".
"Stop Me", "Boys Don't Cry", "Daddy's Girl" também são destaques, mas mais por equilibrar os aspectos entre letra e melodia. "Outta Time" também entra nesse time, mesmo que você não consiga desvencilha-la daquelas trilhas que tocam em episódios aleatórios de Cold Case.
"Trouble", como última música do trabalho, é uma ótima afirmação da introdução do disco, já que volta perfeitamente ao seu conceito geral. Isso mostra a coesão da cantora, que não perde a lógica no decorrer de 13 faixas.
Com esse novo trabalho, Natalia traz algo bastante conciso e sincero. Não há nada de desesperado aqui, só uma garota que decidiu compartilhar com o mundo seus sentimentos.

quedelicianegente.com
perfeita. Linda. Diva. Album do ano!
ResponderExcluirAMOOOOOO
ResponderExcluirRAINHA DAS ALTERNATIVA!
ResponderExcluirA melhor crítica que eu li até agora, é um ótimo álbum seeem dúvidas
ResponderExcluirSó eu achei Trouble bem mais dark que Perfeccionist?
ResponderExcluirO primeiro tinha uma temática bem mais dark, tanto capa, quanto clipes, mas o segundo, apesar de mais colorido, é muito mais intenso e pesado.
Trouble>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>Perfeccionist