Ontem, dia 8 de abril rolou o segundo dia da primeira edição brasileira do festival Lollapalooza. O único dia que fui (eu, Édipo), afinal no primeiro, só me interessava por duas coisas do line up (TV On The radio e Calvin Harris). Bom, inicialmente pensei em fazer um review comum dos shows que assisti, mas como a maioria dos sites especializados em músicas e os grandes portais fizeram/farão, preferi optar por contar como foi a experiência como um todo, beleza?
Primeiro aquela coisa comum de festival: muitos cambistas, muitos vendedores, muita gente, muita fila. De modo geral a organização foi boa, no que foi possível cobrir com relação ao tanto de gente que o evento tinha, e a maioria dos shows não atrasaram (só fiquei sabendo dos Racionais, mas who cares?). Mas se o "muita gente" tem um lado chato, também tem um lado bom: Nunca vi tanta gente bonita num lugar só! Sério, nem em outros festivais, como, por exemplo, o SWU e Rock in Rio (porque têm mais dias e line up mais aleatória/estratificada), e nem no Planeta Terra (porque tem um porte ligeiramente menor). Fora a beleza, também poderíamos dizer que o evento parecia um flashmob da Ray-Ban, tamanha a quantidade de Wayfarers e Clubmasters que se via, hahahaha!
Falando nessa parte "comercial" da coisa, havia vários lounges das marcas que patrocinaram o festival. A Heineken tinha uma espécie de elevador de parque de diversões, a Calvin Klein sua famosa CK Box, a Sadia uma Kombi vintage pra tirar fotos, etc.
Cheguei na metade do show do Gogol Bordello, por volta das 14:30. Mesmo com o sol INSUPORTÁVEL exatamente em cima do palco Butantã - no qual tocaram - e conhecendo muito pouco do repertório da banda, foi impossível não se contagiar pela energia deles no palco. Quando me dei por mim, já estava dançando e cantando - mesmo não sabendo a letra - "Start Wearing Purple" e "Break The Spell", ao sons dos diversos instrumentos (dos de percussão e sopro exóticos à sanfonas) da banda cigano-punk. Abaixo o show completo:
Uma hora depois, debaixo de um sol igualmente escaldante, começou a apresentação da banda britânica Friendly Fires. Foi o segundo melhor show do dia, principalmente por causa a energia - também conhecida como hiperatividade - do vocalista Ed Macfarlane, que rebolou feito um doido durante todas as músicas. Mas claro, o instrumental também não pode ser esquecido. Para reproduzirem os sons das canções em estúdio, trouxeram, além do trio principal, músicos com saxofones e trompetes (além dos experimentalismos eletrônicos live). Os fãs mais antigos vão dizer que as melhores músicas foram as que apresentaram do primeiro CD, como "Paris", "Jumping in the pool" e "Skeleton Boy", mas vou discordar e dizer que as mais eletrizantes foram "Hawaiian Air", "Live Those Days Tonight" e, principalmente, "Pull Me Back to Earth".
P.S.: Como eu nunca tinha notado a MAGIA do Edd Gibson? Olha esse Tumblr!
Ainda no palco Butantã, com uns 5 ou 10 minutos de atraso, dessa vez debaixo de chuva, começou o show do MGMT que, com "Of Moons, Birds & Monsters", logo de cara, me surpreendeu por ser bem mais pesado/rock'n'roll ao vivo. Seguiram, mas só voltaram a esquentar o público algumas músicas depois, com "Electric Feel" (que visualmente/ironicamente foi interessante, pela quantidade de raios do tempestuoso céu que cobria o Jockey Club naquele momento). Logo em seguida tocaram - já na metade do show - a nova "Alien Days" (da qual falamos da música aqui), que foi uma oportunidade do povo - entre eles eu - começar a migrar para os locais dos shows do Foster The People e Skrillex, que começariam em seguida.
Às 19:00 começou Foster The People, o melhor show do dia (e da minha vida até então, sério). Começando com a delicinha "Houdini", a banda consegue ser ainda melhor ao vivo.
Com instrumentos afiados do trio principal, somados à um tecladista/guitarrista e percussionista "extras", o grupo mostrou um excelente trabalho, principalmente com relação à percussão. Mark Pontius, você tá de parabéns, viu? Em todos os sentidos.
Claro, o vocalista Mark Foster foi uma atração à parte. Além de ser lindo e simpático, foi frenético e super interativo, chegando a quase se jogar no público, em determinado momento. Também se mostrou multifacetado nos vocais e em outros instrumentos.
Minha única decepção foi não terem tocado "Ruby", preferindo apresentar "Broken jaw" e "Love", das músicas 'off Torches'. Mas tudo foi recompensado - inclusive o fato de eu estar perdendo o show do Skrillex - no encerramento, com uma versão estendida e "dubstépica" do hit hipster "Pumped up Kicks".
Fechando o dia e o festival, tivemos o Arctic Monkeys, que para todos os efeitos foram o "Foo Fighters" da noite.
Alex Turner - que está MUITO mais magia depois que adotou esse visual rockabilly para o último álbum, Suck It and See - se mostrou um vocalista e guitarrista super competente, embora ligeiramente frio e distante (principalmente depois do banho de simpatia de Ed Macfarlane e Mark Foster), já no começo, com a roqueira "Don't Sit Down 'Cause I've Moved Your Chair".
O show teve um set bem escolhido, dividindo músicas de todos os discos dos britânicos. Mas, para mim, os grandes destaques foram "Crying Lightning", que faz parte do Humbug (álbum deles que particularmente não gosto) e, claro, os hits "Teddy Picker" e "Fluorescent Adolescent".
[Imagens via G1 / Soma]
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Primeiro aquela coisa comum de festival: muitos cambistas, muitos vendedores, muita gente, muita fila. De modo geral a organização foi boa, no que foi possível cobrir com relação ao tanto de gente que o evento tinha, e a maioria dos shows não atrasaram (só fiquei sabendo dos Racionais, mas who cares?). Mas se o "muita gente" tem um lado chato, também tem um lado bom: Nunca vi tanta gente bonita num lugar só! Sério, nem em outros festivais, como, por exemplo, o SWU e Rock in Rio (porque têm mais dias e line up mais aleatória/estratificada), e nem no Planeta Terra (porque tem um porte ligeiramente menor). Fora a beleza, também poderíamos dizer que o evento parecia um flashmob da Ray-Ban, tamanha a quantidade de Wayfarers e Clubmasters que se via, hahahaha!
Falando nessa parte "comercial" da coisa, havia vários lounges das marcas que patrocinaram o festival. A Heineken tinha uma espécie de elevador de parque de diversões, a Calvin Klein sua famosa CK Box, a Sadia uma Kombi vintage pra tirar fotos, etc.
Cheguei na metade do show do Gogol Bordello, por volta das 14:30. Mesmo com o sol INSUPORTÁVEL exatamente em cima do palco Butantã - no qual tocaram - e conhecendo muito pouco do repertório da banda, foi impossível não se contagiar pela energia deles no palco. Quando me dei por mim, já estava dançando e cantando - mesmo não sabendo a letra - "Start Wearing Purple" e "Break The Spell", ao sons dos diversos instrumentos (dos de percussão e sopro exóticos à sanfonas) da banda cigano-punk. Abaixo o show completo:
Uma hora depois, debaixo de um sol igualmente escaldante, começou a apresentação da banda britânica Friendly Fires. Foi o segundo melhor show do dia, principalmente por causa a energia - também conhecida como hiperatividade - do vocalista Ed Macfarlane, que rebolou feito um doido durante todas as músicas. Mas claro, o instrumental também não pode ser esquecido. Para reproduzirem os sons das canções em estúdio, trouxeram, além do trio principal, músicos com saxofones e trompetes (além dos experimentalismos eletrônicos live). Os fãs mais antigos vão dizer que as melhores músicas foram as que apresentaram do primeiro CD, como "Paris", "Jumping in the pool" e "Skeleton Boy", mas vou discordar e dizer que as mais eletrizantes foram "Hawaiian Air", "Live Those Days Tonight" e, principalmente, "Pull Me Back to Earth".
P.S.: Como eu nunca tinha notado a MAGIA do Edd Gibson? Olha esse Tumblr!
Ainda no palco Butantã, com uns 5 ou 10 minutos de atraso, dessa vez debaixo de chuva, começou o show do MGMT que, com "Of Moons, Birds & Monsters", logo de cara, me surpreendeu por ser bem mais pesado/rock'n'roll ao vivo. Seguiram, mas só voltaram a esquentar o público algumas músicas depois, com "Electric Feel" (que visualmente/ironicamente foi interessante, pela quantidade de raios do tempestuoso céu que cobria o Jockey Club naquele momento). Logo em seguida tocaram - já na metade do show - a nova "Alien Days" (da qual falamos da música aqui), que foi uma oportunidade do povo - entre eles eu - começar a migrar para os locais dos shows do Foster The People e Skrillex, que começariam em seguida.
Às 19:00 começou Foster The People, o melhor show do dia (e da minha vida até então, sério). Começando com a delicinha "Houdini", a banda consegue ser ainda melhor ao vivo.
Com instrumentos afiados do trio principal, somados à um tecladista/guitarrista e percussionista "extras", o grupo mostrou um excelente trabalho, principalmente com relação à percussão. Mark Pontius, você tá de parabéns, viu? Em todos os sentidos.
Claro, o vocalista Mark Foster foi uma atração à parte. Além de ser lindo e simpático, foi frenético e super interativo, chegando a quase se jogar no público, em determinado momento. Também se mostrou multifacetado nos vocais e em outros instrumentos.
Minha única decepção foi não terem tocado "Ruby", preferindo apresentar "Broken jaw" e "Love", das músicas 'off Torches'. Mas tudo foi recompensado - inclusive o fato de eu estar perdendo o show do Skrillex - no encerramento, com uma versão estendida e "dubstépica" do hit hipster "Pumped up Kicks".
Fechando o dia e o festival, tivemos o Arctic Monkeys, que para todos os efeitos foram o "Foo Fighters" da noite.
Alex Turner - que está MUITO mais magia depois que adotou esse visual rockabilly para o último álbum, Suck It and See - se mostrou um vocalista e guitarrista super competente, embora ligeiramente frio e distante (principalmente depois do banho de simpatia de Ed Macfarlane e Mark Foster), já no começo, com a roqueira "Don't Sit Down 'Cause I've Moved Your Chair".
O show teve um set bem escolhido, dividindo músicas de todos os discos dos britânicos. Mas, para mim, os grandes destaques foram "Crying Lightning", que faz parte do Humbug (álbum deles que particularmente não gosto) e, claro, os hits "Teddy Picker" e "Fluorescent Adolescent".
[Imagens via G1 / Soma]
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Foster the peaple também foi o melhor show da minha vida! Me apaixonei pelo
ResponderExcluirMark Foster. haha
se o do foster the people foi o melhor da sua vida, vc foi em poucos shows...
ResponderExcluirConcordo com o primeiro comentário, achei o show do Foster... mediano, ainda mais comparado ao do Arctic que foi FODA, e do Friendly Fires que foi quase tão bom quanto.
ResponderExcluirFoster na minha opinião começou mal e terminou bem...Já MGMT me surpreendeu mais ainda, que estava acostumado com lives medianos. Animaram bastante a multidão e eu estou ansioso pra Alien Days, parece ser lindíssima. Arctic eu achei foda pra caralho não sei se foi o "novo" Alex ou se foi a setlist mas a apresentação deles estava ótima eu que não sou muito fã amei cada segundo do show.
ResponderExcluirbem perdido, nem sabia que tava acontecendo isso aí..
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