10 filmes dirigidos por cineastas mulheres presentes no catálogo da Netflix!



Assim como outras áreas do entretenimento, o Cinema pode parecer super descolado e "prafrentex", mas a verdade é que ainda caminha a passos de formiga quando o assunto é igualdade.

Podemos ter como exemplo disso as polêmicas acusando o Oscar de ser racista, que só surtiram efeito muito recentemente. Ou então o fato de que atrizes ganham muito menos que os atores, mesmo quando são protagonistas.

Por isso, como no ano passado, quando fizemos um post celebrando o Dia Internacional da Mulher com as mulheres bad-ass da ficção, resolvemos fazer uma matéria complementar, mas mais tangível e específica. Desta fez, escolhemos 10 filmes dirigidos por cineastas mulheres - com um adendo, visando a acessibilidade: todos os títulos fazem parte do catálogo da Netflix.

Kathryn Bigelow - Guerra ao Terror:

Começamos pela primeira mulher a ganhar o Oscar de "Melhor Direção". Kathryn Bigelow não só tem esse feito, como o fez abordando assuntos bélicos, gênero cinematográfico tomado pelos homens. Consequentemente, a diretora enfrentou várias barreiras até ter seu prestígio reconhecido por Guerra ao Terror (2008), que acompanha um esquadrão anti-bomba norte americano em Bagdá.



Valerie Faris - Pequena Miss Sunshine:

Geralmente, os filmes dirigidos por mulheres tem um orçamento inferior comparado aos trabalhos com homens no comando. É o caso de Valerie Faris e seu maravilhoso Pequena Miss Sunshine (2006), co-dirigido por seu marido, Jonathan Dayton. A comédia acompanha a conturbada viagem de um família da qual uma das integrantes, a garotinha Olive, sonha em vencer um concurso de Miss.



Brenda Chapman - Valente:

Roteirista de títulos como O Rei Leão e A Bela e a Fera, em 1998, Brenda Chapman também ficou responsável pela direção de O Príncipe do Egito. Repetindo ambos os cargos, se juntou a Mark Andrews para dar vida à Valente em 2012. Na animação, a princesa Merida precisa enfrentar uma série de barreiras após decidir não seguir uma tradição ancestral. O trabalho fez de Chapman a única mulher a receber um Oscar por "Melhor Longa Animado".



Irmãs Wachowski - Trilogia Matrix:

A clássica trilogia que fez a carreira das Irmãs Wachowski decolar não podia ficar de fora da lista! Nos filmes, somos levados a um futuro distópico dominado por máquinas conscientes que submeteram a humanidade à uma complexa realidade virtual. Vale lembrar que as películas foram um marco na história dos efeitos visuais e edição/mixagem de som.



Penelope Spheeris - Os Batutinhas:

De um marco para outro, você sabia que Os Batutinhas (1994) foi dirigido por uma mulher? Mais precisamente por Penelope Spheeris, uma das únicas diretoras das décadas de 60, 70 e 80. O clássico infantil, que aborda uma divertida disputa automobilística entre os meninos e meninas de uma vizinhança estadunidense, foi uma das primeiras películas com uma mulher na direção que teve um grande sucesso de público.



Amy Heckerling - As Patricinhas de Beverly Hills:

Outro clássico "de Sessão da Tarde" dirigido por uma mulher é o icônico As Patricinhas de Beverly Hills. A história marcou época, angariou vários fãs e serviu de inspiração para clipes e outros filmes. Heckerling também ficou à frente de alguns episódios de Gossip Girl e The Office.



Sofia Coppola - Bling Ring: A Gangue de Hollywood:

Mesmo sendo filha de Francis Coppola, Sofia não demorou muito para se desvincular dessa sombra, mostrando ter talento de sobra. Tendo em seu currículo filmes como Maria Antonieta e Encontros e Desencontros, na Netflix temos apenas Bling Ring: A Gangue de Hollywood, que é baseado em fatos reais e traz um grupo de jovens que resolve assaltar mansões de famosos.



Mary Harron - Psicopata Americano:

Tendo trabalhos mais focados na TV, um de seus poucos envolvimentos com o cinema rendeu um dos mais famosos filmes de serial killers da história: Psicopata Americano (2000). No longa, Patrick Bateman (Christian Bale) é um jovem investidor de Wall Street que, de noite, quando encontra alguém que visivelmente possui mais dinheiro que ele, resolve matá-la.



Lynne Ramsay - Precisamos Falar Sobre o Kevin:

Já Lynne Ramsay decidiu mexer na ferida do orgulho estadunidense dando vida cinematográfica ao livro Precisamos Falar Sobre o Kevin de Lionel Shriver. Por ser um thriller psicológico e crítico que traz a história de um problemático jovem de 16 anos, o longa de 2011 acabou não sendo abraçado pelas premiações, mas teve uma boa recepção da crítica e público.



Monique Gardenberg - Ó, Pai, Ó:

No Brasil, temos maravilhosas cineastas como Anna Muylaert, Petra Costa, Laís Bodanzky e Monique Gardenberg. Mas apenas a última possui um filme no catálogo da Netflix. Se trata de Ó Pai, Ó (2007), sucesso de sua carreira que retrata o último dia de Carnaval em Salvador, no qual um grupo de foliões tem um atrito com a moradora de um prédio, incomodada com a festança. Em meio à temática corriqueira, o filme toca em assuntos como preconceito, drogas, mídia e violência.



Caso você já tenha visto todos os filmes da lista, separamos alguns títulos menos conhecidos, do terror ao documentário, também realizados por mulheres e presentes no catálogo do serviço de streaming atualmente:

Sian Heder - Tallulah
Kelly Reichardt - O Atalho
Hannah Fidel - A Teacher
Sarah Polley - Longe Dela
Elite Zexer - Tempestade de Areia
Ava DuVernay - A 13° Emenda
Lone Scherfig - Um Dia
Jennifer Kent - The Babadook
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