Sabe aquele papinho quadrado de "Nossa, hoje em dia a Parada Gay (sic) é só putaria, perdeu a militância!"? Não passa de pura bobagem! Ter momentos e espaços para exercer e celebrar a sexualidade e gênero livremente são fundamentais, vez que a sociedade, e seus padrões cis-heteronormativos, não proporciona a segurança necessária - ou diretamente impede - as pessoas LGBT de poderem ser quem são.
Devemos lembrar também que grande parte da militância e movimentos LGBT surgiram justamente no underground e festas. Então mantê-las é essencial, principalmente em contextos como os de Recife, já que Pernambuco é vice-líder em casos notificados de LGBTfobia, segundo dados do Ministério das Mulheres, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos, extinto após a posse interina de Michel Temer.
Argumentos à parte, vamos combinar: a gente sofre tanto diariamente, que muitas vezes queremos (e merecemos!) nos divertir indo até o chão da boate!
Pensando nisso, o designer pernambucano Marcelo Rodrigues (que tem um portfólio bem bafo) criou o Recife Independente, um catálogo cultural que lista as festas periódicas independentes produzidas por lésbicas, gays, bissexuais e pessoas trans na capital do estado.
O material também tem sua importância por exaltar o Nordeste e a produção LGBT da região, rompendo a errônea imagem de que vida noturna produzida por e para pessoas LGBT só existe no eixo Sul-Sudeste. Ele foi produzido de forma autônoma, tem uma diagramação linda e por ser conferido na íntegra nesse link.
quedelicianegente.com
Nenhum comentário :
Postar um comentário