Retrospectiva 2015 Pt. 3/7: maiores hits, melhores singles e revelações musicais



A terceira parte da nossa Retrospectiva 2015 está no ar! Já falamos sobre os melhores clipes, sobre os melhores álbuns e capas de álbuns. E este post permanece no assunto "música", mas é o último, tá?

Agora falaremos do maiores hits, que não só tocaram sem parar nas rádios, mas fizeram barulho em outros meios. Falaremos sobre os melhores singles, que, em alguns casos, não tiveram tanto sucesso como a categoria anterior, mas mereciam. E falaremos das revelações musicais, novos artistas que chamaram a atenção nos últimos 365 dias e devem continuar chamando.



Ellie Goulding - Love Me Like You Do:

Ellie Goulding já teve músicas nas trilhas sonoras de grandes blockbusters baseados em livros, como nas sagas Crepúsculo e Divergente. Mas foi para o drama-romântico-soft-porn 50 Tons de Cinza que conseguiu o seu provável maior hit. Em parte porque a música é muito boa mesmo, em outra porque o sucesso do filme e a enorme horda de fãs que possui, ajudaram a catapultar a faixa para públicos distintos.




Mark Ronson feat. Bruno Mars - Uptown Funk:

"Uptown Funk" foi lançada em 2014, tanto que apareceu na nossa retrospectiva do ano passado, na categoria "Melhores Singles". Mas foi em 2015 que consagrou o seu absoluto sucesso, atingido por vários motivos. Pela presença de Bruno Mars, um artista grande que já estava há algum tempo sem nada novo, pela performance de Fleur East no The X-Factor e, bem, porque a música é ótima e não tão saturável como hits de outrora (tipo "Happy").



Major Lazer & DJ Snake feat. MØ - Lean On:

Quem diria que a atual diva dos hipsters, a dinamarquesa MØ, seria uma das protagonistas de uma das canções mais tocadas do ano, hein? "Lean On" é um hit que une o útil ao agradável, juntando o DJ Snake, que faz sucesso entre os fãs de música eletrônica, MØ, entre os amantes de pop alternativo, e Major Lazer, encabeçado por Diplo e seu toque de Midas. O resultado foi colocar todo mundo (mesmo) pra dançar!




Wiz Khalifa feat. Charlie Puth - See You Again:

Ok. Velozes & Furiosos é uma franquia cinematográfica enorme (tanto que já têm sete filmes). E "See You Again" investe numa mistura de versos melódicos salpicados de rap que sempre dá certo (vide hits como "Airplanes" do B.o.B e Hayley Williams, "Empire State of Mind" do Jay-Z e Alicia Keys e "Love The Way You" do Eminem e Rihanna). Mas vamos falar a verdade: a canção não teria feito metade do sucesso se não fosse uma homenagem ao falecido Paul Walker.



Adele - Hello:

Pense que você é um dos maiores artistas do mundo ou, quem sabe, o maior. Pense que você ficou quatro anos longe dos holofotes, sem lançar nada. Pense que você lançou, praticamente de surpresa, um single inédito acompanhado de um clipe dirigido por um famoso cineasta. Pense que tanto a música, como o vídeo, são bem bons. Tcharã! Dá-lhe um monte de recordes para a canção, para o clipe e para as vendas do álbum que veio logo em seguida.



6. Taylor Swift - Bad Blood
7. Justin Bieber - What Do You Mean?
8. Jack Ü feat. Justin Bieber - Where Are Ü Now
9. The Weeknd - The Hills
10. Anitta - Bang!



Demi Lovato - Cool For the Summer:

"Cool For The Summer" é uma música que marca não só o retorno triunfal de Demi Lovato aos holofotes, mas também um hino perfeito para aquele ditado bodypositive que diz que para ter um corpo perfeito para o verão, basta ter um corpo e ir para a praia. Sua sonoridade, que mistura synthpop e rock, é deliciosa, mas difere bastante das demais canções do álbum do qual faz parte, Confident, acabando por vender uma imagem um pouco equivocada dele.



Taylor Swift - Style:

Como de costume, Taylor Swift compôs uma canção falando sobre o relacionamento com um ex-namorado. Dessa vez sobre Harry Styles do One Direction, "Style" é sem dúvida uma das canções mais bem elaboradas de 1989, lirica e sonoramente. Com seus sintetizadores viciantes, mas não necessariamente dançantes, e videoclipe com uma estética inusitada, o single é um dos melhores da carreira da rainha dos boletos.




Gabrielle Aplin - Sweet Nothing:

O terceiro lugar é uma surpresa maravilhosa. "Sweet Nothing", de Gabrielle Aplin, demonstra como uma artista pode evoluir musicalmente e fazer uma canção que não deixa ninguém ficar parado. Com um riffs de guitarras acústicas, percussões marcantes, vocais que lembram o álbum Lungs de Florence + The Machine, sonoridade radiofônica e um lindo clipe, Aplin merecia ter feito muito mais barulho com essa preciosidade.




Disclosure feat. Lorde - Magnets:

A primeira vista, Lorde e os irmãos Lawrence não tem muito em comum. Contudo, os três são jovens e em pouco tempo conquistaram uma fama estrondosa. E a junção dos artistas em "Magnets" resultou numa faixa sensual, hipnótica e surpreendentemente pop, que leva a prata dos melhores singles do ano. As batidas em looping lembram as de "Yellow Flickr Beat", da neozelandesa para a trilha sonora de Jogos Vorazes: Em Chamas.



Petite Meller - Baby Love:

O primeiro lugar é para uma cantora de sonoridade tão única quanto a estética e conceitos usados em suas músicas e persona. Em "Baby Love", a francesa Petite Meller misturou jazz, batucada, pianos enérgicos e aquela pegada pop dançante que cativa qualquer um desde a primeira audição. O refrão viciante com estrutura de coral gospel, aliado ao vocal quase infantil e à sensualidade à la lolita da Nouvelle Vague, dão um charme excêntrico ao melhor single de 2015.



6. That Poppy - Lowlife
7. Alessia Cara - Here
8. Melanie Martinez - Pity Party
9. Brandon Flowers - Can't Deny My Love
10. Karol Conká feat. Tropkillaz - Tombei



Wolf Alice:

A banda londrina já tem cinco anos de estrada e um relativamente aclamado EP de 2013, mas foi só neste ano que lançou o seu disco de estreia, My Love Is Cool, despertando a atenção do grande público. Embora indo por um caminho musical bem distinto de outros exemplos, o grupo é mais um a embarcar no revival do anos 90, mas utilizando-se ritmos como shoegaze e grunge, em faixas ora raivosas, ora melódicas. Uma novidade com ar saudosista.



Halsey:

Por ter começado meio repentinamente no mundo da música, já contando com um bom aparato da gravadora, alguns acusam Halsey de ser fabricada para entrar no nicho bem específico de "divas pop alternativas". Verdade ou não (não que isso seja um problema), a moça é inegavelmente talentosa e entregou o Badlands, um disco de estreia extremamente redondinho e multifacetado, que demonstra que ela pode ter um bom futuro.




Years & Years:

Caminhar pela corda bamba e translúcida do alternativo e mainstream é complexo. Mas Olly Alexander e sua turma se mostraram verdadeiros Philippe Petits (joguem no Google) neste trabalho. O grupo criou incríveis melodias, misturando elementos indie pop, indie rock, house e r&b e muitos sintetizadores, que reverberam tanto nas pistas de boates "alternês", como nas multidões de grandes festivais.




Alessia Cara:

De tempos em tempos surge alguma nova cantora que dá um gás ao soul, diluindo-o em outros gêneros e moldando-o ao seu jeitinho para as rádios. O hall de nomes como Corinne Bailey Rae, Aṣa, Lianne La Havas, Selah Sue, Joss Stone, Duffy, Pixie Lott e Amy Winehouse, conseguiu mais um espacinho para a doçura amarga desse jovem talento canadense.





Troye Sivan:

Traçando um paralelo com artistas surgidos nos anos anteriores, podemos dizer que Troye entra no posto já ocupado por Lorde e BROODS. Tanto por serem originados da Oceania, como pela sonoridade parecida. O garoto usou o apoio dos milhares de seguidores que tem no Youtube para tentar a sorte no mundo da música. Deu certo. Com um electropop minimalista, letras que conversam com o seu público alvo e ótimos clipes, Troye mostra-se um nome pra lá de promissor.



6. Shamir
7. Ryn Weaver
8. Josef Salvat
9. Aurora
10. Ivy Levan
quedelicianegente.com