Envolto em polêmicas, filme “Deuses do Egito” ganha seu segundo trailer



Após o primeiro trailer - seguido por uma grande e compreensível polêmica - Deuses do Egito ganha mais um vídeo promocional. Menor, mas mais revelador, desta vez o trailer foca nos conflitos dos heróis da trama, o deus Hórus (Nikolaj Coster-Waldau, o Jaime Lannister de Game of Thrones ) e o mortal Bek (Brenton Thwaites), e na parceria criada na aventura para retomar o poder das mãos do antagonista Set (Gerard Butler).



Alex Proyas, responsável por O Corvo (1994) e Eu, Robô (2004), dirige a película e assina o roteiro juntamente com Buk Sharpless e Matt Szama, os quais escreveram a trama de Drácula: A História Nunca Contada (2014). No elenco também estão Chadwick Boseman como o múltiplo deus da sabedoria Toth, Elodie Yung (Hathor) e Courtney Eaton (Zaya).

Com um diretor renomado, efeitos especiais visivelmente incríveis e uma premissa envolvendo a mitologia africana mais conhecida (pra não dizer a única) pelo grande público, o filme tinha tudo pra ser ótimo. Mas a opção do estúdio por atores brancos para representar o Egito não foi nada acertada e razoável, gerando duras críticas entre a imprensa e espectadores.

O disparate foi tanto que o único ator principal negro do elenco, Chadwick (que interpretará o Pantera Negra nos filmes da Marvel), se pronunciou favorável à opinião pública e explicou a razão de ter aceitado o papel. "Eu topei fazer o filme porque assim você iria ver alguém de ascendência africana interpretando Tot, o pai da matemática, astronomia, criador dos papiros e Deus da sabedoria. No longa, eu realmente supero os outros deuses, literal e figurativamente. Mas, sim, as pessoas não fazem filmes de US$ 140 milhões estrelados por negros e pardos.", falou ironicamente em entrevista à GQ.

Numa tentativa de amenizar o inadmissível, a Lionsgate se desculpou publicamente. "Nós reconhecemos que é nossa responsabilidade ajudar a garantir que as decisões de elenco reflitam a diversidade e a cultura dos períodos retratados. Neste caso, nós não conseguimos fazer jus aos nossos próprios padrões de sensibilidade e diversidade, pelo qual pedimos sinceras desculpas.", declarou a assessoria de imprensa da produtora.

Assim como o próprio diretor, que disse à Forbes que "O processo de lançar um filme tem muitas variáveis complicadas, mas é claro que as nossas escolhas de elenco deveriam ter sido mais diversas. Eu sinceramente peço desculpas aos que estão ofendidos com as decisões que tomamos".

Se a discussão sobre racismo gerada afetará seu sucesso, não sabemos. De qualquer forma, a epopeia dos deuses e mortais egípcios estreia em 24 de fevereiro no Brasil.
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