Com poucos poréns, “Jogos Vorazes: A Esperança - O Final” conclui bem a saga



Finalmente Jogos Vorazes: A Esperança - O Final chegou aos cinemas brasileiros nesta quarta (dia 18), dois dias antes do restante do mundo (chupa essa, gringos!). O derradeiro filme, dirigido por Francis Lawrence, conclui a franquia cinematográfica baseada nos livros distópicos de Suzanne Collins. Aviso: o post pode conter alguns spoilers para quem não leu série literária.

E faz isso bem, principalmente devido a seu ritmo alucinante e nenhum pudor em mostrar os horrores daquela guerra, de forma criativa e alegórica, quase circense, como a própria história, inspirada nas lutas de gladiadores, é.

Neste campo, entra outro ponto positivo: os efeitos especiais. Com destaque para as armadilhas, bestantes e a versão digital de Plutarch (o ator Philip Seymour Hoffman faleceu antes de concluir as filmagens), eles são super bem feitos e inseridos no contexto, sem abusar, por exemplo, do fato do filme ser em 3D.

Para relembrar da trama, nesse capítulo acompanhamos Katniss (vivida por Jennifer Lawrence, que não falha em demonstrar a emoção de sua sempre introspectiva personagem nos momentos certos) tentando botar um fim definitivo à guerra em que acabou virando um símbolo contra o governo totalitário d'A Capital. Como? Tentando matar o seu líder, Presidente Snow (Donald Sutherland, que mesmo vivendo um tirano, causa certa empatia por seu sarcasmo).



Alguns poréns, no entanto, precisam ser citados. Embora nenhum deles interfira significativamente no resultado final, boa parte desses pequenos "probleminhas" parecem originar da cisão em duas partes, que aparentemente poderiam ser melhor equilibradas. Enquanto o primeiro longa, Jogos Vorazes: A Esperança - Parte 1, parece passar com certa vagareza, neste, as coisas acontecem tão rápido, que torna difícil assimilar as informações.

Exemplos disso é a recuperação mal explorada de Peeta (Josh Hutcherson) e a repentina ida da protagonista à Capital, sem todo o treinamento que ajudou a compor o background de uma das personagens mais queridas, Johanna Mason (Jena Malone).

Outro ponto, já comentado em nossa resenha do longa anterior, é o modo brusco como o Distrito 13 e sua líder, Alma Coin (Julianne Moore), são mostrados como não-tão-bonzinhos-assim, algo que nos livros é exposto em todo seu decorrer com pistas e pequenos detalhes aqui e acolá.

Por fim, terminamos com uma crítica não ao longa em si, mas à sua divulgação, que pecou num ponto muito esperado dos fãs: sua característica trilha sonora promocional, que, neste caso, nem existiu. Pô, Lionsgate!

No demais, fica a dica para vocês participarem da promoção (tem pôsteres, adesivos, ingressos e livros) e lerem os posts especiais da Semana Jogos Vorazes.


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