A áspera busca de iluminação em “Into the Badlands”, nova série da AMC



Novamente fomos convidados pela AMC Latinoamérica (responsável por Breaking Bad, The Walking Dead e Fear The Walking Dead ) para assistir a pré-estreia de um seriado. Dessa vez, ao invés correr de monstrengos querendo devorar todo mundo, fomos parar em Into The Badlands, um universo de terras inóspitas que pode ser resumido como um encontro de Pulp Fiction (1994) com O Tigre e O Dragão (2000).

Criada por Miles Millar e Alfred Gough (responsáveis por outra aguardada estreia, The Shannara Chronicles), o enredo é inspirada em Jornada ao Oeste, um romance escrito na China do século XVI cuja autoria é atribuída a Wu Cheng'en.

Em um universo distópico e ateu, no qual todas as armas de fogo foram proibidas, a série é recheada de cenas de pancadarias muito bem coreografadas, o que a confere uma atmosfera setentista, além de um visual steampunk muito interessante.

Tal mundo é controlado por 7 barões, um título similar a senhores feudais; a ordem social é composta pelos servos que trabalham na atividade econômica específica de cada território e um exército que mantêm essa ordem, cujos membros são chamados de "clippers". Alheios a esse sistema, estão os nômades que se recusam a servir qualquer senhor.

A trama toma forma nos ágeis golpes de Sunny (Daniel Wu), um guerreiro com um passado misterioso que rapidamente subiu na hierarquia do exército do feudo de Quinn (Marton Csokas), para o qual foi levado quando criança. A confiança de Quinn no protagonista é plena, tanto que ele o dá mais autoridade nas decisões políticas do que a qualquer outro membro de sua família.



Em suas andanças entre os feudos, Sunny acaba encontrando M.K. (Aramis Knight), um garoto que sobreviveu a um ataque e era mantido refém. Esse encontro, além de revelar muito sobre o passado do nosso anti-herói, o fará conhecer a Viúva (Emily Beecham), uma baronesa que está disposta a tudo para contestar a autoridade de Quinn. E, como se já não houvesse bastante conflitos, a família do barão também representa uma ameaça a sua liderança, enquanto ele se inebria nas nuvens de ópio, o produto de sua seara de papoulas. Em meio às adversidades, o protagonista se verá obrigado a ampliar sua percepção de mundo e escolher o caminho da iluminação e, quem sabe, revolução.

Com um elenco completado por Orla Brady (Lydia, a estrategista esposa do barão Quinn), Oliver Stark (Ryder, o arrogante único herdeiro do barão do ópio), e Madeleine Mantock (Veil, uma médica que é a única pessoa com quem Sunny tem algum vínculo afetivo no feudo), Into the Badlands estreia amanhã (dia 15) nos EUA e simultaneamente no Brasil (embora, devido ao fuso horário, já seja 1h da manhã do dia 16).

A série demonstra a versatilidade do canal e certamente terá um grande apelo entre os fãs de animes, mangás e RPGs, ou simplesmente da velha e boa ultraviolência. Destaque para os clippers da Viúva, cujo visual parece uma versão dark da gangue de Laranja Mecânica (1962) e a presença de personagens femininas que questionam o status quo. Sem sombra de dúvidas, o seriado renderia uma ótima adaptação aos videogames (torcendo aqui pra Bathaesda se interessar!).


quedelicianegente.com

Um comentário :

  1. Desculpa mas nao vi nada de "Pulp Fiction" ... mais parece uma mistura de O Tigre e o Dragão + Kuroshitsuji + Shingeki no Kyojin.

    veremos, afinal um seriado que mais parece anime nao é todo dia que aparece por ai (se bem que e acho que vai ser um flop - o personagem principal deveria ser mais mais com algum garoto de alguma banda (wanna be) de K-pop do que com o Jet Li ...)

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