Após carta aberta de Taylor Swift, Apple decide mudar sua política de pagamentos



Um dos assuntos mais comentados do fim de semana foi uma carta aberta que Taylor Swift - que já teve lá suas tretas com o Spotify - direcionada à Apple, na qual questionava os pagamentos do novo serviço de streaming da empresa.

O Apple Music, até então, daria três meses de graça de audição aos usuários, mas não arcaria com os honorários dos artistas nesse período. "Não pedimos iPhones grátis. Então, por favor, não nos peça para provê-los com música de graça sem nenhuma recompensa", disse a dona de "Bad Blood" através de seu Tumblr oficial.

A carta foi tão divulgada na imprensa e Taylor apoiada por diversos colegas de trabalho, que a gigante tecnológica resolveu rever sua política e ontem a noite Eddy Cue, vice-presidente de Software de Internet e Serviços da marca, avisou que repensaram e irão repassar todas as etapas.

"A Apple sempre terá certeza de que os artistas sejam pagos. #iTunes #AppleMusic #AppleMusic pagará aos artistas pelo streaming, até mesmo no período de testes dos usuários. Nós te ouvimos, @taylorswift13 e artistas indie. Com amor, Apple", escreveu em sua conta no Twitter.

Sabendo da mudança de decisão, a cantora declarou pela mesma rede social: "Estou contente e aliviada. Obrigada por suas palavras de apoio hoje. Eles nos ouviram."

Claro que a questão de música pela internet é um assunto muito mais amplo do que dá pra definir apenas colocando os cantores e gravadoras como mocinhos e os ouvintes e serviços de streaming como vilões. É preciso, por exemplo, também colocar na balança os contratos super exploratórios que as gravadoras fazem com novos artistas, democratização do entretenimento, entre outros fatores. Mas, independente de estar totalmente ou parcialmente certa ou errada, é impressionante o patamar de influência que Taylor atingiu em sua carreira, hein?

O Apple Music estará disponível para os usuários de iOS a partir do dia 30 deste mês em 100 países. Inicialmente será gratuito, mas depois dos três meses de teste custará de US$ 9,99 a US$ 14,99 mensais, dependendo do plano contratado. Há ainda a intenção de lançar uma versão compatível com o Android nos próximos meses.
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