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Crítica: Em clima de guerra, “A Esperança - Parte 1” prepara terreno para o sucessor
Jogos Vorazes: A Esperança - Parte 1 chegou hoje, antes do resto do mundo, aos cinemas brasileiros. Como outras franquias cinematográficas baseadas em obras literárias, o filme também foi dividido em duas partes, para ter mais tempo de ser fiel ao último livro da saga escrita por Suzanne Collins e, lógico, render mais grana.
Acontece que, embora isso não seja unanimidade entre os leitores, é em A Esperança que Collins mostra alguns defeitos em sua narrativa. Sim, ela é uma boa escritora, mas não à prova de "falhas", como fazer a história transcorrer muito lentamente na maioria do tempo e apressada demais no fim. Ou então de usar artifícios - do tipo abusar de tudo se passar na perspectiva da protagonista - para não explicar algumas coisas.
Logo, o principal desafio da produção foi tentar sanar essa disparidade entre as duas partes da trama e fazer dela didática e, principalmente, atrativa para quem não leu os livros. Com alguns poréns, consegue.
E consegue justamente retirando o foco de Katniss nos momentos certos, como cortando boa parte de suas crises emocionais. Na publicação, elas contribuem para a complexidade da personagem, enquanto criam uma contextualização de como-quando-porque-o-que-é o Distrito 13. Algo que nas telonas é atingido menos verbalmente e mais com o visualmente implícito - a tecnologia bélica e hospitalar contrastando com a esterilidade socialista do local, por exemplo.
No mesmo sentido, é possível mostrar acontecimentos paralelos, afinal o longa é mostrado em terceira pessoa. O recurso já foi explorado nos filmes anteriores, mas agora parece mais natural, já que o destaque não está mais na arena e nos tributos, e sim em Panem como um todo e na revolução em processo. Uma dessas cenas (rebelião no distrito madeireiro) tem o caráter ilustrativo, mas outra (explosão da hidroelétrica no Distrito 5) é importante na preparação do desfecho.
Aliás, ele é o melhor exemplo de coisas acontecendo simultaneamente: os rebeldes realizam um resgate sem a presença de Katniss (que é só citado no livro), enquanto a equipe técnica do Distrito 13 cria uma distração através da transmissão de Finnick revelando segredos do Presidente Snow. A sequência é de tirar o fôlego até de quem já sabia o que aconteceria, pois a atenção do espectador fica dividida segundo a segundo.
De pontos neutros, podemos citar o equilíbrio nas atuações. Jennifer Lawrence caminha maravilhosamente entre as nuances de uma Katniss ora emocionalmente contida, ora à beira do colapso, ora até como um raro alívio cômico. Os coadjuvantes Liam Hemsworth (Gale) e Sam Claflin (Finnick) ficam na casa do "just ok", enquanto Woody Harrelson (Haymitch), Elizabeth Banks (Effie) e o falecido Philip Seymour Hoffman (Plutarch) estão ótimos. O mesmo vale para Josh Hutcherson (Peeta), que deu um salto enorme como ator.
Já de Julianne Moore, por seu histórico, esperávamos um bocadinho mais como a Presidenta Coin. Por falta de palavra melhor, ela ficou apática. Mas isso talvez seja mais culpa do roteiro que da atriz. Pintaram o Distrito 13 como bonzinho demais nas telonas, enquanto no livro vemos uma ou outra pista de que nada é tão perfeito assim. Se tal decisão foi tomada para tonar o final da Parte 2 mais chocante, podiam então ter tornado a personagem mais carismática - mesmo sendo o contrário da "antipatia à primeira vista" dos livros - como uma líder populista geralmente é.
Com opções que a gente talvez ainda não entenda e tantas outras que sim - além do ajuste do ritmo, dá pra citar também a mostra com menos pudor da violência em tempos de guerra - Jogos Vorazes: A Esperança - Parte 1 cumpre bem seu papel de preparar o terreno para o fim derradeiro da saga, que acontece em 20 de novembro de 2015.
quedelicianegente.com
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