
A edição britânica da revista Elle comemora 30 anos e resolveu falar de temas super relevantes na atualidade: o gênero não-binário, a sexualidade fluída e a revolução transgênera. E uma das celebridades que está trazendo à tona esses "tabus" - que sempre existiram, mas não eram muito discutidos na grande mídia - é Miley Cyrus, que figura a capa da publicação.
Enquanto aqui no Brasil o projeto de inclusão de gênero e orientação sexual pena para ser aprovado no congresso e é erroneamente divulgado pelas parcelas conservadoras da sociedade como ideologia de gênero (como se identidade de gênero e sexualidade fossem doenças que infectarão as criancinhas ou comportamentos para serem impostos...), a arte sempre está na linha de frente na transformação do retrógrado.
Consciente da visibilidade que possui, Miley é ativista LGBTQ e tem o conhecido projeto "Happy Hippie", sessões com parcerias musicais ótimas - como "Androgynous" com Joan Jett e Laura Jane Grace - para arrecadar fundos a sua instituição de caridade de mesmo nome, que ajuda jovens em situações de risco, como pessoas indigentes fora da heterocisnormatividade.
"Se você mostra seus seios e tem a atenção de todos, então você pode usar esse espaço para dizer algo e se fazer ouvir por eles", fala Cyrus sobre seu papel como artista e como uma das porta-vozes dessa militância ao redor do planeta. A cantora, que já se assumiu como pessoa não-binária, resolveu agora falar abertamente sobre sua orientação sexual também fluída, a pansexualidade.